Retomada da democracia leva milhares de trabalhadores às ruas em Brasília


Movimento cobrou revogação da Reforma Trabalhista, Lei da Terceirização, Reforma Previdenciária, fim do Novo Ensino Médio e trabalho decente para todos os trabalhadores

Publicado: 23/05/2024 18:47 | Última modificação: 23/05/2024 18:47

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep-MT/ Francisco Alves

Os trabalhadores e trabalhadoras de todo o Brasil voltaram para as ruas reivindicando direitos. A mobilização, possível apenas nos governos democráticos, foi retomada na gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com milhares de representantes de todo o país, em Brasília, em 22 de maio. Uma mobilização que teve participação do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) e CUT-MT, levando para o Planalto Central os anseios da classe trabalhadora,

A pauta foi pela revogação do Novo Ensino Médio, pelo fim do Confisco das Aposentadorias, trabalho decente, valorização do serviço público, entre outras. A mobilização de rua é considerada o espaço para que os trabalhadores sejam ouvidos nas defesas de políticas públicas, que atendam a todos aqueles que fazem o estado crescer e se desenvolver.

Os trabalhadores marcharam rumo ao Congresso Nacional, passando pela Esplanada dos Ministérios para um diálogo com os ministros do governo Lula, sobre a necessidade de revogação de políticas que comprometem os direitos. O Sintep-MT teve uma participação ativa na Marcha. A entidade organizou uma grande caravana e esteve presente em diversas atividades durante a marcha, inclusive uma aula pública para aumentar a visibilidade das questões da educação e dos trabalhadores da área educacional. 

Sintep-MT/Francisco Alves
Caravana da educação de Mato Grosso, com participação do presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira

“Os trabalhadores e dirigentes do Sintep-MT endossaram a luta por condições dignas de carreira e aposentadoria, destacando a importância da educação pública como uma reivindicação estratégica para o país, ressaltou o presidente Valdeir Pereira.

Para a educadora aposentada, Maria Antônia Martins dos Santos, que esteve em Brasília na luta pelo fim do confisco, participar da Marcha da Classe Trabalhadora significa o renascimento das mobilizações que dão visibilidade para a luta dos trabalhadores. “Foi emocionante vermos diferentes representações sindicais, tanto do serviço público como da iniciativa privada, integrantes das diferentes centrais sindicais. Apenas num governo democrático é que conseguimos ter voz e sermos ouvidos”, destacou.

Pela reconstrução do Brasil

Sintep-MT/Francisco Alves
Presidente da CUT-MT, Henrique Lopes, na Marcha da Classe Trabalhadora

O presidente da CUT-MT, Henrique Lopes, acredita na Marcha como um movimento importante e necessário, dado o momento que o país vive. “É o momento de colocar a classe trabalhadora nas ruas, dado o fato de que as conquistas são fruto das mobilizações e se abandonarmos esse espaço vamos abandonando a luta, dando para aqueles que gostam de cassar direitos, a possibilidade de ir retirando nossas conquistas, como aconteceu nos últimos anos, mais especificamente a partir de 2016”. 

Entre os ataques promovidos nos seis anos da ultradireita no governo lembra o congelamento sem precedente em saúde e educação, as leis da Terceirização e Reforma Trabalhista e uma séria de outras medidas que subtraíram ou flexibilizaram o direito dos trabalhadores. 

“A macha cumpriu com seu objetivo principal que foi fazer a entrega da pauta da classe trabalhadora para as lideranças dos três poderes. Levamos 12 ônibus com pessoas do estado, para esse momento, de construção com as demais centrais sindical de uma agenda junto ao Congresso Nacional, já que vigorou até a pouco atende muito mais ao mercado do que aos trabalhadores”, conclui.