Profissionais da Educação protestam por recomposição salarial e mais merenda escolar


Um dia de paralisação não foi suficiente para avançar nas negociações por reposição dos 46% de perdas salariais

Publicado: 30/04/2024 16:38 | Última modificação: 30/04/2024 16:38

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep/Rosário Oeste
Presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, acompanha a mobilização e fortalece a luta da categoria, em Rosário Oeste

A prefeitura de Rosário Oeste (128 km de Cuiabá) frustrou mais uma vez os profissionais da educação da rede municipal ao não apresentar proposta para recomposição salarial. Nesta terça-feira (30), a categoria paralisou as atividades por um dia, na tentativa de avançar nas negociações para o pagamento da recomposição do piso salarial, que não é cumprido no município desde 2008. As perdas salariais chegam a 46%.

Conforme o presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso em Rosário Oeste, Joildo Jovino de Oliveira, a manifestação realizada com adesão de mais de 50% da categoria, conseguiu atendimento de representantes da administração, contudo, sem resolutividade.

SIntep/Rosário Oeste
Presidente do subsede do Sintep/Rosário Oeste, Joildo Jovino

“Os representantes do prefeito (chefe de gabinete, assessoria jurídica e a secretaria municipal de educação) trouxeram como proposta a formação de uma comissão mista para avaliar e acompanhar o orçamento, já que justificam impactos na lei de responsabilidade fiscal. Uma proposta inviável dentro do prazo do período eleitoral”, relatou Jovino.

A medida é vista como blefe, pelo dirigente sindical, já que a gestão em quatro anos nunca teve iniciativa para assegurar os direitos dos profissionais da educação. Os encaminhamentos feitos pela prefeitura serão agora debatidos em nova assembleia que deliberará sobre futuras ações.

SIntep/Rosário Oeste
Mesmo com o forte sol na manhã desta terça, as educadoras deram um jeito de informar a população sobre o motivo do protesto 

A paralisação, assim como o diálogo na prefeitura, foi acompanhada pelo presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira. Na oportunidade, o dirigente destacou a importância da luta pelo direito, pois não será da boa vontade da administração que vão avançar na valorização salarial. “O Piso Salarial é lei desde 2008 e tem que ser cumprido. Se os trabalhadores não se mobilizarem pela valorização salarial, este não será uma dádiva concedida pelos gestores municipais”, destacou.

Durante a mobilização, profissionais da educação carregavam faixas cobrando ainda a regularização da merenda escolar. Segundo relatos feitos ao sindicato, algumas escolas estavam com falta de alimentos em quantidade suficiente para oferecer aos estudantes. No município, a aquisição dos alimentos da merenda escolar é realizada pela prefeitura, com recursos do programa nacional da alimentação escolar.

Profissionais paralisaram as atividades nesta terça-feira (30) e protestaram em frente a Câmara de Vereadores e Prefeitura