Profissionais da Educação em Nova Ubiratã exigem fim do calote no Piso Salarial
Perdas somam mais de 30%, representando mais de mil reais nos salários dos educadores
Publicado: 21/03/2024 18:57 | Última modificação: 21/03/2024 18:57
Escrito por: Roseli Riechelmann
Os profissionais da educação de Nova Ubiratã (490 km de Cuiabá) cobram da prefeitura municipal o fim do calote no Piso Salarial da categoria. Desde 2020 os salários dos educadores acumulam perdas pela fragmentação feita nos valores de recomposição, sempre em discordância com a inflação do período. Com isso, os salários dos professores estão 34,43% menor do que estabelece a lei municipal da carreira LC 086/2016 e a lei federal nº 11.738/2008, do Piso Salarial Profissional Nacional.
A subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), em Nova Ubiratã, vem tentando negociar com a prefeitura a correção do piso. Estudos financeiros realizados pela subsede constatam que há margem no orçamento da educação para que o gestor municipal, Edegar Bernardi, cumpra as legislações e assegure o Piso Salarial.
Em reunião realizada entre os representantes do sindicato e o prefeito, foi sinalizado apenas 4,65% de Revisão Geral Anual (RGA). A categoria por sua vez, anuncia que não aceitará mais o achatamento salarial. Hoje o Piso Salarial Nacional, valor mínimo a ser pago a um profissional da educação de nível médio, é de R$ 4.580,57. Em Nova Ubiratã, a prefeitura desconsidera a legislação e paga apenas R$ 3.407.41
Para a presidente da subsede do Sintep/Nova Ubiratã, Verônica Ribeiro da Silva, os profissionais já esperaram anos, parte dos quais nessa gestão, com salários defasados. “Não aceitaremos mais essas perdas e desvalorização profissional. A categoria tem pressa, é um desrespeito com nossa profissão, quando o prefeito nega direito e paga aquilo que ele acha que deve, no caso 4,65% da RGA”, destacou.