Profissionais da educação de Alta Floresta iniciam greve pela recomposição de 14.95%
Prefeitura desrespeita tabela salarial e sonega R$ 574,00 mensais, dos salários dos trabalhadores da educação
Publicado: 31/07/2023 18:15 | Última modificação: 31/07/2023 18:15
Escrito por: Roseli Riechelmann
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Quatorze das 16 escolas públicas da rede municipal de Alta Floresta (município 800 km ao norte de Cuiabá) entraram em greve nesta segunda-feira (31/07). A paralisação, com passeata na parte da manhã, é organizada pela subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), no município. Os educadores cobram correção do piso salarial profissional, que enfrenta defasagem de 14,95%, desde janeiro de 2023.
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Em documento (ofício 225/2023) encaminhado pela subsede do Sintep de Alta Floresta para a prefeitura municipal, a presidente Ilmarli Teixeira volta a esclarecer ao gestor municipal que o piso salarial da categoria se inicia na tabela, no nível inicial classe A (Ensino Médio). Ilmarli voltou a explicar para a administração que, por mais que os professores ingressem na carreira no nível B, o Piso Salarial Nacional se dá sobre a classe A.
Segundo os dirigentes do Sintep/Alta Floresta a prefeitura deixou de cumprir a tabela salarial e, com isso, a Lei de Carreira. O prefeito insiste em tentar manobrar a opinião pública sobre os valores dos salários dos trabalhadores da educação. Os professores podem até iniciar a carreira na graduação, na classe B. Contudo, o piso nacional é referente ao início da carreira dos trabalhadores da educação.
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“O Piso Salarial Nacional é de R$ 4.420,00 (40 horas). Enquanto que a prefeitura paga aos trabalhadores da educação (Plano de Cargos, Carreiras e Salários) no nível inicial, apenas R$ 3.315, 30. Se fizermos a devida recomposição com os 14.95%, mesmo para a jornada de 30 horas, a administração ainda deve R$ 574,00. O valor inicial deve ser de R$ 3.893.70, em 2023, destaca a presidente do Sintep/Alta Floresta, Ilmarli Teixeira.
A greve na rede municipal de educação de Alta Floresta não tem prazo para acabar. Segundo a presidente Ilmarli Teixeira a paralisação não tem data para terminar. “O que encerra greve é proposta”, concluiu.