Profisisonais da educação conquistam audiência para dialogar sobre proposta salarial


Paralisação dos trabalhadores da rede municipal de educação conquistou agenda com o prefeito para diálogo e abriu caminhos para avançar na política de valorização dos profissionais

Publicado: 20/06/2023 10:12 | Última modificação: 20/06/2023 10:12

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep/Alta Floresta
Mobilização cobra cumprimento do Piso Salarial Profissional Nacional conforme estabelece a lei de carreira dos educadores de Alta Floresta

Os profissionais da educação da rede municipal de educação de Alta Floresta, norte de Mato Grosso, conseguiram agenda com o prefeito para amanhã, terça-feira (20/06). A audiência que terá como tema o pagamento do piso salarial profissional nacional ou ao mesmo um calendário para o cumprimento da recomposição de 14,95%, de 2023. A conquista foi fruto da cobrança feita nesta segunda (19/06), convocada pela subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), e com adesão de quase 100% dos educadores. 

A mobilização ocorreu em frente ao paço municipal e culminou com a ocupação pacífica da prefeitura, na tentativa de dialogar com o prefeito e avançar nas negociações pelo cumprimento do Piso Salarial para toda a categoria. “Alta Floresta tem uma lei municipal nº 2771/2023 que estabelece a jornada de 40 horas e o piso proporcional a jornada, que deveria ser inicialmente de R$4.420,55, conforme tabelas salariais. Contudo o município paga R$ 3.845,63”, relata a presidente da subsede do Sintep/Alta Floresta, Ilmarli Teixeira.

A dirigente ressalta ainda que a defasagem retira dos salários dos trabalhadores, todos os meses, R$ 574,92. Diante disso, os profissionais estão na luta pela aplicação do piso para todos os trabalhadores e dentro do que é estabelecido pela legislação nacional e municipal. O conflito se dá sobre o entendimento da administração sobre o que estabelece as leis. 

“O piso inicial da carreira da educação se dá sobre a formação de nível médio. Enquanto que a administração insiste em dizer que já paga o Piso, por considerar apenas os valores pagos aos profissionais com ensino superior”, destaca.

Segundo a dirigente a mobilização conseguiu participação significativa e mostrou ao prefeito a insatisfação da categoria, já que existem recursos para a valorização dos trabalhadores. “Nossa perspectiva é avançar na proposta e levar ainda na 4ª feira um encaminhamento para ser apresentado em assembleia com a categoria, que já está marcada”, concluiu.