Professores municipais de Rondolândia podem não voltar às salas de aula em 2025


Educadores estão com defasagem de mais de 50% do salário com relação ao Piso

Publicado: 08/01/2025 15:47 | Última modificação: 08/01/2025 15:47

Escrito por: Lina Obaid

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Cerca de 37 profissionais da educação Municipal de Rondolândia (cerca de 1.100 km de Cuiabá-MT) sinalizaram a possibilidade de não retornar às salas de aula, bem como não realizar a atribuição de aulas e funções nas escolas para 2025. O motivo é a falta de reajuste salarial com perdas de mais de 50% na remuneração.  Hoje os profissionais efetivos recebem abaixo do piso salarial da categoria, desrespeitando a Lei nº 11.738/08.

O presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) em Rondolândia, Vanderlino Souza Littig, explica que a entidade já fez vários contatos e conversas com a gestão municipal, mas nada do que foi falado se cumpriu até o momento.

“Nós do Sintep/Rondolândia estamos tentando dialogar com o prefeito José Guedes de Souza (MDB) há dois anos, para buscar os direitos dos servidores da educação municipal, exigindo que a Prefeitura faça os reajustes que, no último ano atingiu um déficit alarmante de 39,55%”, esclarece, Vanderlino.

O déficit será ainda maior para 2025 caso não seja feita a correção do Piso Nacional. As perdas acumuladas pelos trabalhadores da educação de Rondolândia chegarão a 52,28% de defasagem em relação ao piso salarial nacional. O dirigente cobra ainda, correção da Revisão Geral Anual (RGA) com acumulado de 10,41%, até o final do ano de 2024, podendo chegar a 14,80%, em 2025, considerando o INPC acumulado do ano anterior.

O dirigente destacou que só em 2023 a subsede do Sintep-MT enviou mais de 10 ofícios à Prefeitura de Rondolândia, dos quais apenas um foi respondido por de maneira formal, porém sem nenhuma perspectiva real de reajuste.  

“Enquanto Sintep-MT, nós vamos sempre pela linha do diálogo, da melhor maneira possível para resolver a situação, mas a situação é crítica e as perdas são alarmantes.  E a questão, agora é o que o executivo municipal está disposto a fazer? Pois, a partir da resposta da Prefeitura, nós podemos seguir até mesmo para acordos judiciais, enquanto Sindicato, para buscar estes direitos do trabalhador”, concluiu.