Professora e vereadora do PT é ameaçada por fascistas, durante sessão na Câmara de Sinop


Ataques foram gerados em razão de fake news divulgada nas redes sociais

Publicado: 28/11/2022 18:15 | Última modificação: 28/11/2022 18:15

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep-MT/Francisco Alves
Professora e vereadora Graciele Marques

Moradores de Sinop (MT), apoiadores da ultradireita no município, insatisfeitos com a derrota do presidente Jair Bolsonaro nas urnas, promovem ataques verbais, violência psicológica e até ameaça de morte contra a vereadora do PT, no município, Graciele Marques. Aos gritos, lotaram a Câmara de Vereadores na manhã desta segunda-feira (28/11), motivado por fake news, de um suposto projeto de lei apresentado pela vereadora contra o bloqueio das BR’s. 

O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), do qual a professora e vereadora Graciele Marques é filiada, manifesta indignação aos ataques irracionais promovidos por parte da população sinopense. Mas, para além da solidarização, o Sintep-MT cobra dos representantes da segurança pública estadual e da Justiça, mecanismos de punição contra mais estas ações violentas.

O estado de Mato Grosso, infelizmente, tem ganhado manchetes na mídia nacional como “terra sem lei”. Primeiro foram os inúmeros bloqueios de rodovias federais, seguido da radicalização de incendiários bolsonaristas, que queimaram carretas, até o impedimento de circulação de uma ambulância com um garoto que precisava de cirurgia ocular para não ficar cego.

Os atos têm revelado ainda a inoperância do governo do estado contra manifestações antidemocráticas. “Ainda que mentirosa a afirmação do projeto de lei, ela estaria no direito, como vereadora. A violência a ela atinge o mandato e todas as mulheres que ocupam espaço de representação. As pessoas confundem violência e ataques desrespeitosos contra a Constituição como direito de livre manifestação. As regras sociais estão postas para o controle social, caso contrário voltaremos à “lei de Talião” e ao caos civilizatório”, destacou o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira.