Professor de MT é demitido via whatsapp por criticar bloqueios antidemocráticos de BR's


Professor também sofreu ameaças de morte em redes sociais de milícias digitais que atuam na região.

Publicado: 03/11/2022 15:31 | Última modificação: 03/11/2022 15:31

Escrito por: Andressa Boa sorte/ Sintep-MT

Reprodução

O professor de história Anderson Cardoso Ribeiro, que atua no município de Sinop, Norte do estado, foi demitido via whatsapp de uma das escolas onde leciona, após ter publicado em uma de suas redes sociais, uma crítica aos bloqueios feitos nas rodovias federais por bolsonaristas que se recusam a aceitar o resultado das urnas.

O professor contou ao Sintep-MT, que, além da demissão sumária de uma das escolas particular onde atuava, após ter, democraticamente se manifestado na internet em sua página pessoal, se posicionando contra os abusos praticados nas estradas, com impedimento das pessoas de ir e vir, também passou a receber diversas ofensas e até mesmo ameaças de morte. “Medidas estão sendo tomadas.

Querem destruir a minha reputação. Me expuseram indevidamente em páginas nas redes sociais, difamando a minha honra, a minha imagem, me expuseram como se eu fosse um mero delinquente simplesmente por eu ter colocado a minha opinião na internet em minha página pessoal.

No meu post, eu comentei que, o fechamento do comércio em apoio ao trancamento da BR 163 é um crime conta a democracia e também prejudica toda a sociedade e em especial o próprio comércio que durante a pandemia da COVID-19 se negou a fechar as portas alegando que quebrariam financeiramente”, relatou.

O professor também denunciou ameaças de morte. “Cheguei a ser ameaçado, com pessoas dizendo inclusive, que eu seria atropelado, visto que ando de bicicleta para ir ao trabalho. Mas quero reforçar que criminosos, delinquentes, devem ser tratados pela Justiça e por isso, tomaremos todas as medidas legais contra a milicianos digitais”.

Sobre a demissão, Anderson disse ter ficado surpreso com o posicionamento da direção da escola onde atuava como professor de história. “Infelizmente algumas pessoas aqui nessa cidade não aceitam opiniões divergentes, mas eu me recuso a me omitir, pois estamos num país livre onde eu tenho todo o direito de manifestar minha opinião. O que devemos ter é respeito. Estou muito indignado com tudo isso que está acontecendo”, disse.

O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, conversou pessoalmente com Anderson e manifestou todo apoio do Sindicato ao professor. “Nós repudiamos toda forma de Em nota, CNM/CUT alerta sobre crime eleitoral nas empresas violência e de perseguição. Vivemos num país onde a democracia tem sido sistematicamente atacada nos últimos anos, mas sabemos que existem leis e elas deverão ser cumpridas. Esperamos a punição dos agressores milicianos digitais que se escondem através de uma tela virtual, achando que podem expor, difamar e atacar quem tem uma opinião diferente, quem defende a democracia. O Sintep-MT está atento a esse tipo de ataque e já se colocou à disposição do professor Anderson contra essa injustiça sofrida por ele”, disse Valdeir.

Veja o vídeo.