Prefeitura de Santo Antônio de Leverger não aceita retorno às aulas em fevereiro
Trabalhadores da educação municipal estão revoltados com o descaso e prejuízo ao ano letivo dos estudantes
Publicado: 09/02/2022 15:57 | Última modificação: 09/02/2022 15:57
Escrito por: Assessoria/Sintep-MT
A subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso, em Santo Antônio de Leverger, manifesta a contrariedade com o Informativo divulgado pela Prefeitura Municipal de Santo Antônio de Leverger, que anunciou segunda-feira (07/02) o início do ano letivo de 2022 para o dia 07 de março, na rede municipal. A determinação do executivo municipal em adiar em um mês o início das atividades, compromete o direito dos estudantes ao mínimo de 200 dias letivos dos estudantes e 800 horas/aula.
A categoria estava na expectativa de retorno das atividades em 07 de fevereiro, como ocorreu na maior parte dos estados, e em Mato Grosso. Os profissionais alegam estarem aptos a retornarem às atividades, já que estão todos imunizados e os estudantes, a partir dos cinco anos em processo de vacinação. Para os educadores é inviável aguardar a vacinação completa para iniciar as aulas, pois ainda terão os menores de cinco anos.
A defesa do Sindicato é que a prefeitura assegure o retorno com garantias de segurança e equipamentos necessários, pois recursos há. Foram dois anos de suspensão das atividades escolares, com dinheiro em caixa e sem que houvesse nenhum investimento em melhoria de infraestrutura para as escolas ou mesmo para garantir aos estudantes acesso adequado às atividades remotas.
O Sindicato afirma que 80% dos profissionais estavam aguardando o início das atividades em 7 de fevereiro, tanto que voltaram para as creches e escolas na tentativa de preparar com o mínimo de segurança a volta dos estudantes. Apesar da maioria das unidades registrarem problemas estruturais, os trabalhadores deram o máximo de si para garantir o retorno das aulas. Pais estão desesperados, pela volta dos filhos, na maioria da Educação Infantil, que aguardam a abertura das creches e escolas para terem onde deixar as crianças com segurança para retomarem o trabalho.
Para a direção regional do Sintep Oeste I, Baixada Cuiabana, é incompreensível a decisão, já que o período de um mês, além de comprometer o calendário escolar, será insuficiente para realizar as adequações ignoradas nos últimos dois anos. O dirigente estadual alerta que é obrigação do executivo assegurar o retorno com garantia de alimentação e atendimento adequado às crianças.
Veja aqui o Informativo da Prefeitura