Prefeito e vice sofrem derrota ao tentar vincular cobranças de educadores a manobras eleitorais
Candidatos à reeleição à prefeitura de Barra do Garças, tiveram pedido negado na justiça, ao acusarem o dirigente sindical licenciado de orquestrar manifestação contra calote salarial, em benefício próprio.
Publicado: 10/09/2024 12:02 | Última modificação: 10/09/2024 12:02
Escrito por: Roseli Riechelmann
Os candidatos à reeleição à prefeitura de Barra do Garças, prefeito e vice-prefeito, sofreram uma derrota na justiça eleitoral, no início de setembro (03/09), após alegação de uso eleitoral, na cobrança da recomposição salarial dos profissionais da educação na rede municipal.
Os gestores tentaram calar os trabalhadores da educação, responsabilizando o presidente licenciado, que participa do pleito municipal em 2024, de usar o manifesto dos educadores em benefício próprio.
A coligação partidária dos atuais candidatos à reeleição à prefeitura entrou com um pedido de tutela de urgência de busca e apreensão contra a subsede do Sintep/Barra do Garças. O que foi negado pela Justiça Eleitoral no município.
A motivação da pretensa denúncia se deu devido a presença do dirigente licenciado do Sintep-MT, durante uma atividade cultural organizada pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) no município, em 1 de setembro. Na ocasião ocorria a panfletagem dos educadores da rede municipal. O material distribuído apontava o descumprimento de um acordo que previa reajuste salarial de 10% para professores e 4,67% para funcionários da educação municipal, e deveria ter sido pago no mês de julho.
Os responsáveis pelo calote tentaram silenciar a categoria, com ameaça à candidatura do dirigente da subsede do Sintep/Barra do Garças. “A atitude da atual administração é revoltante. O Sindicato faz a panfletagem denunciando para a sociedade o não pagamento do Piso Salarial dos Profissionais da Educação, num flagrante descumprimento da lei federal 11.738/2008, e a atual administração tem a capacidade de fazer um pedido de busca e apreensão na sede do sindicato. Uma atitude condenável, além de ser prática antissindical”, afirmou Henrique Lopes, secretário de Redes Municipais do Sintep-MT.
Conforme Henrique Lopes, a atitude revela o desespero da administração municipal diante das eleições. “Nosso repúdio a toda ação dessa natureza e parabenizamos o juiz eleitoral por negar o pedido”, concluiu.