Orçamento da educação de MT comprova que há recursos para valorização, afirma Sintep-MT
Mesmo com aumento previsto de R$ 120 milhões nas receitas da educação para 2025, governo estadual se recusa a dialogar sobre recomposição salarial dos educadores.
Publicado: 08/10/2025 17:10 | Última modificação: 08/10/2025 17:10
Escrito por: Roseli Riechelmann
O orçamento estadual para a educação pública comprova que há recursos para a valorização dos profissionais da rede. Contudo, a pauta exigirá enfrentamento da categoria, diante da recusa do governo em dialogar sobre um salário digno aos educadores. A constatação do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) se dá frente ao crescimento das receitas da educação, que terão um incremento de R$ 120 milhões já em 2025.
Conforme o presidente do Sintep-MT, Henrique Lopes, a previsão orçamentária total da educação, considerando os impostos de transferência, incluindo o Fundeb, é superior a R$ 4,8 bilhões. Uma realidade que, segundo o dirigente, exige discutir qual tem sido a destinação dessas receitas. “Queremos tratar da valorização salarial dos servidores por dentro das receitas da educação”, afirma Lopes.
.jpeg)
Henrique Lopes ressalta que, além da luta coletiva dos servidores públicos do Executivo estadual que perderam, cerca de 19,52% de recomposição inflacionária, os educadores sofrem perdas ainda maiores, chegando a 1/3 do poder de compra, desde que o governo rompeu com a política de piso salarial da carreira para a jornada de 30 horas.
“Queremos uma mesa de negociação com o governo, porque, nos últimos anos, mais especificamente de 2017 para cá, não houve a correção integral da inflação. Essa é uma das razões para a redução salarial, quando falamos em recomposição inflacionária. No entanto, quando o governo retira a referência para o piso da jornada de 30 horas semanais, a perda chega a 32,57% para os trabalhadores da educação”, destaca.
Henrique Lopes defende que o governo faça justiça salarial e recomponha as perdas de todos os servidores públicos, que já somam quase 20%. “Vai ficar faltando essa diferença, que é possível, sim, de ser resolvida, se resgatada a política de valorização dos trabalhadores da educação. Até porque o governo está concedendo gratificações, fala em 14º e 15º salários. Se há dinheiro para gratificar, pode perfeitamente haver recursos para valorizar”, conclui.




