O PNE e os desafios da educação pública em debate nas etapas regionais do XIX Congresso do Sintep-MT

Nos dias 8 e 9 de novembro, cinco regionais do Sintep-MT (Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso) – Leste II, Sul I e II, Médio Norte II e Nortão IV – realizam a etapa regional do XIX Congresso Estadual da entidade. O evento integra os debates preparatórios para a etapa estadual, entre 19 e 22 de fevereiro. 

Na programação, os profissionais da educação eleitos como delegados nos municipios aprofundam o debate em torno do tema central “PNE: Ressignificar o acesso à educação como direito humano”.

A coordenadora do XIX Congresso do Sintep-MT, secretária de Políticas Educacionais da entidade, Guelda Andrade, destaca que todas as etapas buscam dialogar com a categoria estimulando as reflexões sobre as políticas educacionais aplicadas no estado e municípios. 

Olhar Crítico

“Nesse momento é dado voz e vez aos trabalhadores e trabalhadoras para que apontem o que compreendem sobre a política educacional e o que precisa ser ajustado. São eles que de fato vivenciam a educação no chão da escola”, ressalta. 

A etapa regional neste momento tem uma relevância maior para o debate estadual, diante da apresentação de um substitutivo do Plano Nacional de Educação. O PNE é um projeto de educação nacional que se reflete em todos os estados da federação e nos municípios.  

“Precisamos observar as mensagens subliminares colocadas dentro do substitutivo do plano. As emendas podem acabar por deturpar o projeto de educação e de Nação que defendemos”, alerta Guelda.

Debates

Conforme a dirigente, os debates regionais possibilitarão a adequação do texto-base, construído pela direção do Sintep-MT. Temas diversos são analisados com atenção, entre eles os abusos da militarização das escolas, a insuficiência do transporte escolar e a qualidade da alimentação escolar.

Guelda Andrade destaca ainda que os debates regionais trarão um olhar mais atento para a diversidade territorial, cultural, religiosa e sexual, além da questão de gênero, refletindo, por exemplo, como é que as mulheres estão situadas neste novo projeto de Nação.

“É fundamental debater temas como a violência doméstica e a violência contra a mulher. Esses assuntos, quando tratados no currículo, na formação de estudantes (homens e mulheres), ajudam a transformar a realidade social. Também será importante discutir o papel da Inteligência Artificial, cada vez mais presente na sociedade, e como a educação deve utilizá-la, nesse projeto de sociedade que defendemos”, concluiu a coordenadora.