Nota Pública contra o fechamento da Escola Estadual Tancredo Neves


Mais uma unidade de ensino de portas fechadas

Publicado: 22/08/2024 16:21 | Última modificação: 22/08/2024 16:21

Escrito por: Roseli Riechelmann

Arte Jadson Oliveira

O Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso, (Sintep-MT), manifesta sua indignação com o comunicado emitido pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) sobre o fechamento de mais uma escola em Cuiabá. Desta vez, os prejuízos serão para os estudantes e a comunidade da Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves, localizada no bairro Jardim Leblon, na capital.

Desde 2020, a política reducionista do governo de Mato Grosso vem fechando as portas para o futuro de inúmeros estudantes, desconsiderando a realidade social das comunidades afetadas. A política de redimensionamento ignora os impactos na vida de centenas de famílias e estudantes.

Na tarde de quarta-feira (21/08), a gestão da escola do Jardim Leblon, uma unidade de referência na região, recebeu um e-mail comunicando, de forma breve e fria, o encerramento das atividades. A nota informava ainda que os estudantes do ensino fundamental e da Educação de Jovens e Adultos (EJA) serão remanejados para outras unidades escolares.

A Escola Estadual Tancredo de Almeida Neves, com aproximadamente 400 matrículas, é a única escola no bairro, o que obrigará os estudantes a se transferirem para unidades em outras localidades. Isso implica na necessidade de atravessar ruas e avenidas de tráfego intenso, como a Avenida Miguel Sutil e a Avenida Archimedes Pereira Lima, conhecida como Estrada do Moinho. Mais uma vez, as políticas educacionais do governo colocam em risco a integridade física dos alunos, situação já relatada em casos semelhantes em vários municípios do estado.

As medidas anunciadas pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso evidenciam, mais uma vez, o caráter autoritário e prepotente deste governo, que trata seres humanos como meros objetos, acreditando poder manipulá-los conforme seus interesses, desrespeitando a identidade da comunidade do bairro.

A comunidade manifestará sua indignação em ato público, apesar dos representantes oficiais do governo agirem com a crença de que as determinações do órgão central são ordens a serem cumpridas, e as impõem com rispidez e desconsideração.

Por fim, reafirmamos que a decisão é arbitrária e ilógica, especialmente considerando que há poucos meses foi realizada a tão sonhada reforma do prédio.

A direção da subsede do Sintep/Cuiabá se solidariza com a comunidade escolar e se coloca à disposição para reverter essa situação.

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