Monitoramento eletrônico se mostra insuficiente para evitar vandalismo em escolas


A ausência de vigias nas unidades escolares tem provocado o aumento das ocorrências de vandalismo nas escolas estaduais

Publicado: 25/05/2023 14:00 | Última modificação: 25/05/2023 14:00

Escrito por: Roseli Riechelmann

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O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) recebeu mais um relato de vandalismo em escola estadual em Várzea Grande, na ausência de profissional vigia escolar. O fato ocorreu no final de semana do feriado de aniversário da cidade, quando o plantão estava descoberto devido as férias de um dos dois profissionais que atuam na escola.

Segundo relatos da comunidade escolar da Escola Estadual Jaime Veríssimo de Campos Junior Jaiminho, a unidade foi invadida por estudantes, que realizaram pequenos furtos, mas foram descobertos por registro de imagens. “O monitoramento se confirma como um aliado na segurança da escola. Contudo, ineficiente sem o trabalho do vigia. A presença do profissional intimidaria a invasão, muitas vezes a evitando”, destaca a secretária adjunta de Funcionários do Sintep-MT, Maria Aparecida Cortez.

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Secretária Adjunta de Funcionários, Maria Aparecida Cortez 

O episódio na escola Jaiminho não chegou a ter boletim de ocorrência pois conforme relatado, a direção da escola, ao identificar os estudantes, chamou os pais para dialogar sobre a situação. No entanto, o fato volta a evidenciar os desafios que as unidades estaduais estão enfrentando com o corte da contratação de vigias escolares.

As informações que chegam ao sindicato revelam que a Secretaria de Estado de Educação conta agora com a ajuda da comunidade escolar para evitar os assaltos e invasões nas escolas. Frases atribuídas ao secretário de estado Alan Porto, dizem que a Seduc-MT está contando com a colaboração da vizinhança que circunda a unidade para fazer a segurança dos prédios.

Para a dirigente do Sintep-MT, Cida Cortez, é uma contradição já que a comunidade também é ameaçada com a presença de vândalos. “Essa proposta reafirma a situação de refém que a sociedade tem vivido, depois que política do governo Mauro Mendes tem reduzido o policiamento das ruas com militarização de escolas”, disse.

Segundo Cida Cortez, o monitoramento eletrônico sozinho se revela efêmero. “Não há policiamento suficiente para a segurança da população, que dirá atender os chamados da comunidade do entorno da escola. Ou ainda como circulou recentemente, uma pessoa sem-teto que entrou numa das escolas estaduais, sem vigias, para dormir no espaço. A polícia vai se deslocar para fazer a retirada?”, questiona a dirigente que faz a luta pela retomada dos postos de vigias escolares. 

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Profissionais chegaram na unidade e se depararam com uma pessoa dormido na quadra de esportes