Manifesto no Palácio Paiaguás expõe as mazelas da educação no governo Mauro Mendes


Manifestantes que participam do Acampamento da Resistência e apoiadores realizam caminhada com ato público denunciando os interesses do governo ao privatizar a educação

Publicado: 18/07/2024 17:48 | Última modificação: 18/07/2024 17:48

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep-MT/ Francisco Alves
Mobilização reafirma a resistência e a luta dos 59 anos do sindicato dos profissionais da educação

O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) protagonizou, na manhã de ontem (17/07), mais uma etapa da agenda do Acampamento da Resistência, com ato no Palácio Paiaguás, sede do governo. Os manifestantes expuseram as mazelas da educação pública na rede estadual e as intenções por trás da precarização salarial dos educadores.

A luta que destaca as pautas prioritárias (valorização salarial com ganho real, concurso público para todas as funções da carreira e fim da aposentadoria), ampliou o debate contra o desmonte da educação pública, além de registrar a indignação contra o modelo político-econômico implantado na gestão Mauro Mendes.

Sintep-MT/ Edevaldo José
Profissionais em frente ao Palácio Paiaguás na luta pela valorização salarial e respeito à carreira

Maldade

O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, mandou o recado ao chamado gabinete da maldade, que governa o estado de Mato Grosso, composto pelo governador Mauro Mendes; pelo vice Otaviano Piveta, a mão invisível que pauta o modelo privatista da Educação, tendo como executores na linha de frente da Seduc-MT, o secretário Alan Porto, além do chefe da Casa Civil, deputado licenciado Fábio Garcia.  “Não aceitaremos o desmonte orquestrado para saquear os recursos da educação”, afirmou o dirigente.

Intencionalidade

O esclarecimento cobrado pelos educadores, tema do acampamento “Mato Grosso cresce e os/as educadores/as empobrecem”, não é dado sequer aos dirigentes do Sintep-MT, diante da ausência de diálogo. Ao invés disso, o governo tem usado o artifício de desqualificar a luta sindical, classificando os sindicalistas como truculentos ou tentando obscurecer a relevância do Sintep-MT, ao dizer que não existe movimento sindical de educadores em Mato Grosso.

“Não ficaremos de joelhos para esse governo que tenta calar os trabalhadores da educação. Sabemos a que interesses o governo serve e claramente não são os democráticos, tampouco os que atendem às necessidades da maioria da população”, destacou Valdeir.

Sintep-MT/Francisco Alves
Aposentados sim, inativos nunca! é lema dos trabalhadores da educação que retomam a luta para resgatar direitos confiscados pelo governo Mauro Mendes

Apoio

Na manifestação do Centro Político, muitos representantes do próprio sindicato, de entidades, movimentos populares e estudantis fizeram falas. O presidente da Unidade Popular, Matheus Vinagre, lembrou da força do Sintep-MT, movimento cuja base é de maioria feminina. Manifestou apoio à pauta sindical ressaltando, em sua fala, o ato “criminoso” cometido pelo governo ao confiscar 14% dos salários dos aposentados e pensionistas.

O presidente da Adunemat (Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Mato Grosso), professor Domingos Sávio, credita o desmonte da educação – básica e superior, como um projeto de governo. “Não são recursos, lembrando que a despensa de 1/3 do orçamento em renúncias fiscais são recursos que saem dos investimentos públicos, direitos da população (Saúde, Educação, Segurança). ”Essa é a antipolítica do governo Mauro Mendes, antipovo”, concluiu.