Manifesto no Palácio Paiaguás expõe as mazelas da educação no governo Mauro Mendes
Manifestantes que participam do Acampamento da Resistência e apoiadores realizam caminhada com ato público denunciando os interesses do governo ao privatizar a educação
Publicado: 18/07/2024 17:48 | Última modificação: 18/07/2024 17:48
Escrito por: Roseli Riechelmann
O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) protagonizou, na manhã de ontem (17/07), mais uma etapa da agenda do Acampamento da Resistência, com ato no Palácio Paiaguás, sede do governo. Os manifestantes expuseram as mazelas da educação pública na rede estadual e as intenções por trás da precarização salarial dos educadores.
A luta que destaca as pautas prioritárias (valorização salarial com ganho real, concurso público para todas as funções da carreira e fim da aposentadoria), ampliou o debate contra o desmonte da educação pública, além de registrar a indignação contra o modelo político-econômico implantado na gestão Mauro Mendes.
Maldade
O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, mandou o recado ao chamado gabinete da maldade, que governa o estado de Mato Grosso, composto pelo governador Mauro Mendes; pelo vice Otaviano Piveta, a mão invisível que pauta o modelo privatista da Educação, tendo como executores na linha de frente da Seduc-MT, o secretário Alan Porto, além do chefe da Casa Civil, deputado licenciado Fábio Garcia. “Não aceitaremos o desmonte orquestrado para saquear os recursos da educação”, afirmou o dirigente.
Intencionalidade
O esclarecimento cobrado pelos educadores, tema do acampamento “Mato Grosso cresce e os/as educadores/as empobrecem”, não é dado sequer aos dirigentes do Sintep-MT, diante da ausência de diálogo. Ao invés disso, o governo tem usado o artifício de desqualificar a luta sindical, classificando os sindicalistas como truculentos ou tentando obscurecer a relevância do Sintep-MT, ao dizer que não existe movimento sindical de educadores em Mato Grosso.
“Não ficaremos de joelhos para esse governo que tenta calar os trabalhadores da educação. Sabemos a que interesses o governo serve e claramente não são os democráticos, tampouco os que atendem às necessidades da maioria da população”, destacou Valdeir.
Apoio
Na manifestação do Centro Político, muitos representantes do próprio sindicato, de entidades, movimentos populares e estudantis fizeram falas. O presidente da Unidade Popular, Matheus Vinagre, lembrou da força do Sintep-MT, movimento cuja base é de maioria feminina. Manifestou apoio à pauta sindical ressaltando, em sua fala, o ato “criminoso” cometido pelo governo ao confiscar 14% dos salários dos aposentados e pensionistas.
O presidente da Adunemat (Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Mato Grosso), professor Domingos Sávio, credita o desmonte da educação – básica e superior, como um projeto de governo. “Não são recursos, lembrando que a despensa de 1/3 do orçamento em renúncias fiscais são recursos que saem dos investimentos públicos, direitos da população (Saúde, Educação, Segurança). ”Essa é a antipolítica do governo Mauro Mendes, antipovo”, concluiu.