“Indesculpável”, diz presidente do Sintep-MT sobre atraso de salários em Rondonópolis
Segundo denúncia dos próprios educadores, tanto professores quanto técnicos, merendeiras e pessoal da limpeza, estão trabalhando desde fevereiro sem receber salário.
Publicado: 12/04/2022 15:33 | Última modificação: 12/04/2022 15:33
Escrito por: Andressa Boa Sorte/Sintep-MT

Os trabalhadores da Educação da Escola Estadual Dom Pedro II, em Rondonópolis e Escola Estadual Jose Rodrigues no distrito de Boa Vista, amargam o descaso do governo Mauro Mendes com o atraso de salários, desde fevereiro deste ano. Para o Sintep-MT, o não pagamento dos proventos dos trabalhadores desmarcara, mais uma vez, o desprezo do governo com a Educação Pública no estado. “Um governo que vive indo à mídia, dizer de boca cheia que as contas estão ajustadas, que tem dinheiro em caixa, não pode ter nenhuma justificativa plausível para atrasar salários”, disso Valdeir Pereira, presidente do Sindicato que representa a categoria.
Segundo denúncia dos próprios educadores, tanto professores quanto técnicos, merendeiras e pessoal da limpeza, estão trabalhando desde fevereiro sem receber salário. Na segunda-feira (11), os trabalhadores realizaram uma assembleia geral da comunidade escolar e deliberaram sobre a possibilidade de paralisar as aulas, caso não consigam receber o que tem direito.
.jpeg)
Para João Eudes, presidente da subsede do Sintep no município, falta um olhar humano por parte do governo no trato com os trabalhadores. “Não tivemos nenhuma resposta da Secretaria de Educação sobre o motivo desse atraso. Ainda assim, mesmo quando o pagamento for feito, nós já fomos duramente prejudicados, já que nossos credores não esperam e com isso temos que pagar juros. Alguns estão passando aperto com as contas, até mesmo com a alimentação que está com preços absurdos por conta da inflação”, disse Eudes.
“A Seduc disse que iria pagar a folha complementar no dia 8 deste mês e, mais uma vez, não foi feito. É uma grande irresponsabilidade porque atrapalha até mesmo a sobrevivência das pessoas. Paralisar as atividades é nosso último recurso e não queremos fazer isso. Mas temos que nos fazer ser ouvidos, já que a classe trabalhadora, especialmente da educação, é sempre preterida e ignorada pelo governador”, finalizou o sindicalista.