IEAL realiza pesquisa para mapear impactos da IA na educação pública
Levantamento regional busca ouvir professoras e professores da rede pública sobre uso, desafios, impactos e regulação da Inteligência Artificial na educação
Publicado: 17/12/2025 10:49 | Última modificação: 17/12/2025 10:49
Escrito por: Redação/CNTE
A Internacional da Educação para a América Latina (IEAL) está realizando uma ampla pesquisa regional para compreender como a Inteligência Artificial (IA) vem impactando a educação e o trabalho docente. O levantamento é direcionado a professoras e professores da educação básica da rede pública e busca reunir dados que subsidiem políticas públicas, ações sindicais e propostas de regulação sobre o uso dessas tecnologias no ensino.
O questionário conta com 27 perguntas objetivas e pode ser respondido em poucos minutos. As questões abordam desde o perfil dos docentes — como faixa etária, tempo de atuação, nível de ensino e contexto territorial — até o uso concreto de ferramentas de IA no cotidiano escolar, como ChatGPT, Gemini, Copilot e outras plataformas baseadas em inteligência artificial generativa.
Além de mapear o nível de familiaridade dos educadores com essas tecnologias, a pesquisa investiga como a IA é utilizada (ou poderia ser utilizada) na prática docente, seja para criação de conteúdos, planejamento de aulas, avaliação de produções, adaptação curricular ou apoio a estudantes com necessidades educacionais específicas. O formulário também analisa a percepção dos docentes sobre o uso dessas ferramentas pelos estudantes.
Condições de trabalho
Outro eixo central da investigação diz respeito às condições de trabalho e à autonomia pedagógica. A IEAL busca entender se a IA é percebida como um fator que agiliza tarefas, apresenta riscos ou ameaça a estabilidade laboral, além de levantar opiniões sobre a possibilidade de substituição do trabalho docente por sistemas automatizados.
A pesquisa também aprofunda o debate sobre formação, regulação e ação sindical frente ao avanço da inteligência artificial na educação. As perguntas tratam do preparo dos sindicatos para lidar com essas transformações, das principais preocupações da categoria — como vigilância laboral, precarização, lacunas digitais e ausência de regulação — e do papel que as organizações sindicais devem assumir nesse cenário.

Para a secretária de Assuntos Educacionais da CNTE, Guelda Cristina, a participação da categoria é fundamental. “Isso é super importante para a gente entender como a Inteligência Artificial está impactando a educação”. Só com dados concretos será possível construir estratégias, defender direitos e pensar políticas públicas que protejam o trabalho docente e a qualidade do ensino.
Na etapa final, o questionário aborda a necessidade de regulação da IA na educação, incluindo temas como proteção de dados, direitos trabalhistas, equidade no acesso, impacto ambiental e preservação do pensamento crítico. Também são discutidos quais atores devem liderar esse processo regulatório: Estado, sindicatos, universidades ou instâncias multilaterais.
Prazo para participação: até 7 de janeiro
Público-alvo: professoras e professores da educação básica da rede pública
Tempo de resposta: cerca de 27 perguntas, de forma rápida
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A participação de cada educador e educadora é essencial para que a voz da categoria seja ouvida diante das transformações tecnológicas que já fazem parte do presente e do futuro da educação.




