História da luta sindical contemporânea é registrada em dissertação de mestrado
Ex -dirigente do Sintep-MT apresenta durante Conselho de Representantes pesquisa sobre a história do movimento sindical dos trabalhadores da educação de MT entre 1989 a 2020
Publicado: 27/08/2022 16:54 | Última modificação: 27/08/2022 16:54
Escrito por: Roseli Riechelmann/Sintep-MT
Educadora da rede estadual de Mato Grosso, militante sindical e ex-dirigente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), professora mestre Vânia Maria Rodrigues Miranda, apresentou durante o Conselho de Representantes do sindicato, sábado, dia 27 de agosto, a trabalho de mestrado que pesquisou a História das Greves dos Trabalhadores da Educação Básica Pública de Mato Grosso Contemporâneo (1989 – 2000).
A dissertaçã de conclusão do mestrado em História, pela Universidade Federal de Mato Grosso, foi lançada em 2020, durante a pandemia, e inviabilizou a apresentação formal para o Sindicato. A pesquisadora entregou um exemplar da pesquisa nas mãos do presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira. O objetivo, segundo ela, foi deixar um registro de parte da história desse período, ao Sintep-MT, como documento de consulta e pesquisa para outros trabalhadores da educação e estudantes.
O documento, conforme Vânia Miranda, registra um percurso da luta sindical com foco nas 13 greves que ocorreram no período de 1989 a 2000, como também as pautas de reivindicação e a ocupação de novos espaços pelos trabalhadores da educação dentro de um sindicalismo propositivo. A pesquisa traz relatos de figuras emblemáticas da luta sindical que vivenciaram a época, como o ex-dirigente Júlio César Viana, os professores Carlos Abicalil, Clóvis Arantes, Edson Evangelista, Ivanildes Ferreira, Maria Aparecida Cortez, e tantos outros.
Segundo a pesquisadora, a documentação revela momentos muito difíceis para as questões dos trabalhadores da educação pública, como atrasos de salários, a transformação de associação para sindicato, relatos de dificuldades da mobilização com o interior. “O professor Clóvis Arantes era do município de Peixoto de Azevedo, e não era fácil para vir para Cuiabá, para as greves, e que recebia as informações das manifestações do sindicato na telefônica, em cabines de telefones, com hora marcada para receber a ligação”, destaca Vânia sobre trechos da obra.
De todos os relatos e pesquisas feitas, Vânia destaca que as lutas avançaram muito nas questões de direitos, porém elas devem ser contínuas “Temos sempre que continuar a lutar, pois a qualquer momento esses direitos podem ser retirados”, disse.