Greve na educação municipal de Confresa cobra correção de três anos de defasagem salarial


Apenas na gestão do prefeito Ronio Condão, que foi reeleito em 2020, as perdas superam de 30% do salário dos profissionais da educação

Publicado: 19/09/2023 10:32 | Última modificação: 19/09/2023 10:32

Escrito por: Roseli Riechelmann

Subsede/Confresa
Assembleia do Sintep/Confresa define encaminhamentos sobre as pautas da educação que levaram a greve da categoria na rede municipal

Os profissionais da educação da rede municipal de Confresa entram em greve ontem (18/09). O movimento chamado pela subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) foi deflagrado dia 14, após as tentativas de negociação com executivo, para recomposição do Piso Salarial Profissional, que está com perdas superiores a 30%, apenas na administração do prefeito Ronio Condão.

Segundo a presidente da subsede do Sintep/Confresa, Késia Gonçalves, desde fevereiro o sindicato tenta audiência com a administração para tratar de pautas que vão além da recomposição salarial. Contudo, no quesito valorização salarial, o descaso da prefeitura tem promovido impactos significativos na vida dos profissionais. “O valor pago pela prefeitura sequer atinge a proporcionalidade da jornada do Piso Nacional da educação”, informa a presidente.

Sintep/Confresa
Profissionais  cobram a recomposição que é direito do trabalhador da educação 

Dados apresentados pelo Sindicato revelam que na gestão do prefeito Ronio Condão as perdas estão em mais de 30%, do total 14,95% são apenas de 2023, pois o prefeito nunca respeitou a lei 11.738/2008 (Lei do Piso Salarial Profissional Nacional).

Conforme a dirigente, a administração ignora as tentativas de diálogo. A negociação foi iniciada com a interferência do legislativo, que no último dia 4 de setembro promoveu reunião com a gestão. 

A categoria ainda tentou negociar, mesmo após a recusa do prefeito em pagar o débito com os profissionais. Para avançar nas negociações apresentaram nova contraproposta, nela exigen pelo menos o pagamento do piso salarial, hora-atividade para o professor interino, e o direito ao pagamento do 1/3, referentes aos 45 dias de férias para professores interino e efetivo.  Nos apontamentos os profissionais cobraram infraestrutura das escolas, melhorias na merenda e no transporte escolar.

A intransigência do prefeito, a falta de respostas ou avanço nas negociações levou a deflagração da  greve,  por tempo indeterminado.