Fórum Sindical traça estratégias contra calote e retirada de direitos do governo de MT


Entidades representativas dos servidores públicos estaduais farão a luta pela garantia dos direitos constitucionais na defesa dos serviços e funcionários públicos

Publicado: 25/11/2021 14:33 | Última modificação: 25/11/2021 14:33

Escrito por: Assessoria/Sintep-MT

REPRODUÇÃO
Dirigente estadual do Sintep-MT, Orlando Francisco, durante reunião do Fórum Sindical debate estratégias na defesa dos direitos dos servidores públicos de MT

O Fórum Sindical do Estado de Mato Grosso realizou ontem, quarta-feira (24/11), nova reunião com os dirigentes das categorias de servidores públicos, que compõem a entidade. Na oportunidade trataram sobre estratégias para as defesas das pautas prioritárias, comuns às categorias: pagamento da Revisão Geral Anual (RGA), realização de Concurso Público e confisco das aposentadorias. E ainda, pauta nacional, como a luta para barrar a Reforma Administrativa (PEC 32/2020) e a PEC dos Precatórios (PEC 23/2021). Ambas de desmontes dos serviços públicos e direitos dos servidores.
 

A coordenação do Fórum estuda a realização de mobilização dos servidores e o enfrentamento ao governo cobrando o cumprimento de direitos, entre os quais, respeito aos representantes dos sindicatos. Segundo relatos dos dirigentes, o governo ignora os dirigentes sindicais, evita o diálogo com os representantes das categorias num total desrespeito às garantias de representatividade, constitucionais.
 

“Fizemos mais uma tentativa de audiência, no início da semana, com o secretário Basílio Bezerra, da Secretaria Estadual de Planejamento e Gestão (Seplag), e também na Casa Civil, ambas sem sucesso. Só promessas”, esclarece Orlando Francisco, representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso, no Fórum Sindical.
 

Uma agenda de mobilização deve ser estabelecida nos próximos dias, com o objetivo de reacender os ânimos para a luta. “São quase 25% de perdas da RGA, somado ao confisco de 14%, que, no caso de aposentados e pensionistas, resulta em rombo orçamentário acima dos 35%”, destaca Orlando Francisco.
 

Os desafios impostos para os servidores públicos se registram de várias formas. Um dos ataques e desmonte dos serviços, mais comuns, é a não realização de Concurso Público. Na Saúde Pública estadual os trabalhadores estão há quase 20 anos sem concurso, o que resulta no aumento de contratos precários e na redução do quadro de servidores necessários para atender a demanda da saúde pública.
 

A proposta dos sindicalistas é a via do diálogo com o governo. Contudo, não descartam retomar mobilizações unificadas, como ocorreu em 2016, numa reação em cadeia na capital e em todos os municípios com servidores unificados na luta por direitos.