Fórum Sindical articula mobilizações contra o descaso do governo Mauro Mendes


Sindicalistas das 17 categorias do executivo estadual, que integram o Fórum, estabelecem agenda de enfrentamento em defesa da RGA e demais pautas coletivas

Publicado: 09/11/2021 18:37 | Última modificação: 09/11/2021 18:37

Escrito por: Assessoria/Sintep-MT

Presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira na coordenação da mesa durante reunião híbrida do Fórum Sindical de Mato Grosso

Em reunião do Fórum Sindical de Mato Grosso, segunda-feira (09/11), na sede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), os dirigentes das 17 categorias de servidores do executivo estadual, presentes de forma presencial e virtual, debateram estratégias de enfrentamento ao governo Mauro Mendes, na defesa da Revisão Geral Anual, Concurso Público e fim do confisco salarial dos aposentados e pensionistas do estado.

O presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, e o representante do Sindicato no Fórum, o dirigente Orlando Francisco, apoiam a construção de uma agenda de atividades com as categorias, além de reuniões junto aos órgãos competentes para dialogar sobre a viabilidade do executivo cumprir a legislação e efetuar a recomposição salarial, bem como estruturar a Previdência sem que para isso confisque os salários de aposentados e pensionistas. “Estudos feitos pelo Fórum constatam que há viabilidade orçamentária, mas exige vontade política”, destacou Orlando.

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A agenda coletiva propõe encontros com os parlamentares estaduais ainda em 2021, com debates sobre o orçamento previsto para 2022. A recomposição do calote da inflação dos últimos três anos deve ser encaminhada para a data base do próximo ano, afirmam integrantes do Fórum. Caso contrário, as perdas que chegam a 22,5%, poderão ser ampliadas para quase 30%, caso o governo insista no repasse de apenas 6,5% da RGA, no ano que vem.

Arrocho 
O coordenador geral do Fórum Sindical, James Rachid Jaud, explica que a estimativa de perdas da RGA para 2022, já está defasada em quase 5%, “que não é aumento salarial, é bom ficar claro”, reforça.  O dirigente esclarece que isso se dará devido a inflação atual estar acima de 10%, e a oferta do governo, para recompor as perdas é de apenas 6,5%, no ano que vem. 

Para James o descaso do governo Mauro Mendes com os servidores do executivo, é injustificado, já que são eles os responsáveis por executar a arrecadação do estado, que hoje registra superavit de caixa. Conforme James, o legislativo e judiciário estão com a RGA em dia, apenas os servidores do executivo que estão sendo penalizados com o arrocho salarial.

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Dirigentes sindicais debatem ações para intensificar a luta em defesa do cumprimento de direitos

Articulação
Os dirigentes acreditam que o reaquecimento da luta se dará a partir da participação dos trabalhadores das bases sindicais. “O governo está se sentindo à vontade para negar o atendimento das demandas devido a desmobilização provocada pelo período de pandemia”, afirma o presidente da Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), Domingos Sávio, que promete usar a capilaridade dos servidores com a população ampliar a força na cobrança das reivindicações.

Segundo Sávio, a desarticulação favoreceu os avanços da pauta de desmonte do governo. Contudo, o ano eleitoral será estratégico para a retomada das lutas e ampliação da adesão dos trabalhadores, contra os ataques realizados aos direitos das categorias do executivo.

“Vamos estabelecer um calendário de mobilizações nas ações capitaneada pelo Fórum Sindical, incluindo os estudantes da nossa área, que há 20 anos aguardam a realização de concurso público, para se verem inseridos no mercado de trabalho”, destacou a presidente do Sindicato da Saúde de Mato Grosso (Sisma), Carmem Machado.