Falta de transporte escolar deixa estudantes da rede estadual sem aulas em Rosário Oeste


Subsede do Sintep-MT, no município, cobra comprometimento do prefeito, durante audiência na Câmara Municipal

Publicado: 15/03/2023 16:25 | Última modificação: 15/03/2023 16:25

Escrito por: Roseli Riechelmann

Reprodução

O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), subsede de Rosário Oeste (128 km de Cuiabá), denuncia a ausência de transporte escolar desde o dia 6 de fevereiro de 2023, quando iniciou o ano letivo na rede estadual, para as escolas localizadas nos três distritos do município; Escola Estadual Marechal Rondon (Distrito de Bauxi), EE Estevão Pereira Almeida (Distrito de Marzagão) e EE Benedita de Almeida (Distrito de Arruda). Com isso, os estudantes estão sem aulas há mais de um mês.

Sintep/Rosário Oeste
Profissionais da educação de Rosário Oeste mobilizados na sessão da Câmara Municipal onde drigente da subsede do Sintep-MT cobrou  direitos negados pela prefeitura municipal

A denúncia foi exposta ontem (14/03) pelo presidente da subsede do Sintep/Rosário Oeste, Joildo Jovino, no plenário da Câmara Municipal de Rosário Oeste. O dirigente destacou a angústia dos professores com mais esse comprometimento no ensino aprendizagem dos estudantes. Citou o desrespeito da garantia constitucional ao direito à Educação, já que o atraso no início das aulas compromete o calendário escolar de no mínimo 200 dias letivos, além de provocar conflitos para sua conclusão.

Segundo o presidente, a administração municipal está mais uma vez negligenciando a Educação no município. Desta vez, comprometendo até mesmo direitos dos estudantes da rede estadual. A preocupação com o atraso escolar dos estudantes foi denunciada também na Delegacia Regional de Ensino de Diamantino (DRE).

“O impacto no processo de ensino aprendizagem dos estudantes da escola do campo terá reflexos também nos profissionais. O governo Mauro Mendes estabeleceu a política de valorização do professor, desconsiderando as diversas realidades. Como esses profissionais poderão apresentar resultados e terem direito a premiação dentro dessa realidade. É mais uma injustiça. Como falar em mérito com realidades educacionais tão diversas”, destacou.

Durante a sessão plenária, Joildo Jovino voltou a ressaltar a falta de comprometimento do prefeito, Alex Steves Berto, com a Educação. Os profissionais do município ainda estão sem o reajuste do Piso Salarial Profissional Nacional, de 2023. Nem mesmo a inflação do ano foi repassada (RGA). E ainda, a prefeitura desrespeita as leis da carreira ao não estabelecer jornada única na rede municipal, de 30 horas. Todas as reivindicações foram feitas também aos vereadores, com foco em sensibilizar os parlamentares na defesa da Educação Pública, Gratuita, Laica e Socialmente Referenciada para todos e todas.