Estudantes de escola rural em Jangada sofrem com precariedade no transporte escolar


Na última semana, ônibus que transportava estudantes perdeu o freio e bateu em um barranco

Publicado: 02/03/2023 10:59 | Última modificação: 02/03/2023 10:59

Escrito por: Andressa Boa Sorte/Sintep-MT

Reprodução

A situação precária na rede pública de ensino em Mato Grosso, especialmente nas áreas rurais, infelizmente não é uma novidade. Desta vez, a falta de uma estrutura digna para atender estudantes e profissionais da educação no município de Jangada, distante cerca de 75 Km de Cuiabá, por pouco não provocou uma tragédia. É que o ônibus que transporta os alunos, chegou de perder o freio numa estrada de chão. Para evitar um acidente grave, o motorista do veículo que seguia em baixa velocidade, optou por chocar o ônibus em um barranco para forçar a parada. 

“Por sorte ninguém se feriu com gravidade, mas essa é uma situação inadmissível. Temos relatos de que esse veículo apresenta falhas mecânicas recorrentes. As estradas são ruins e o ônibus é velho. Uma combinação muito perigosa e que por pouco não resulta em algo extremamente grave. Falta o poder público agir e providenciar a estrutura necessária para que a educação pública funcione com segurança e qualidade, principalmente nas escolas do campo, onde a carência de recursos costuma ser maior”, disse a presidente da Subsede do Sintep em Jangada, Célia da Costa.
 

Sintep-MT/subsede Jangada


Um ofício com as principais pautas de reivindicações da categoria, incluindo a melhora na estrutura escolar, tanto de transporte, como da própria escola, além de condições dignas de trabalho aos educadores, com remuneração respeitando o piso, já foi protocolado junto à prefeitura de Jangada, no entanto, segundo a presidente da subsede, não houve avanços por parte do executivo.

“Diante dessa recusa do prefeito em dialogar com a categoria, nós realizamos uma assembleia geral e deliberamos por realizar uma outra reunião, no dia 15 de março, onde reafirmaremos nossa pauta e vamos também deliberar sobre o indicativo de greve por tempo indeterminado, já com paralisação nos dias 16 e 17 de março. Esse não é o caminho que gostaríamos de tomar, mas é a nossa alternativa diante de um gestor que se mostra intransigente e omisso diante das demandas da categoria”, destacou a sindicalista.