Em evento da Seduc-MT, cerimonial invoca uma oração para encobrir “vaia” ao Governador Mauro Mendes


A abertura da Semana Pedagógica 2024, realizada no Centro de Eventos Pantanal, foi marcada por intensos protestos dos profissionais da educação ao governador Mauro Mendes.

Publicado: 01/02/2024 19:46 | Última modificação: 01/02/2024 19:46

Escrito por: Redação/Sintep-MT

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Em meio a cartazes, vaias e protestos, cerimonial do governo convoca oração coletiva

Em clima inicialmente festivo, a da abertura da Semana Pedagógica 2024, na rede estadual, realizada durante dois dias (30 e 31), no Centro de Eventos, em Cuiabá, foi permeada pelas manifestações de insatisfação, expressas por meio de cartazes e faixas, que pontuaram as dificuldades enfrentadas pelos educadores. Durante o discurso do governador Mauro Mendes, vaias e gritos de protesto sofreram boicote com a chamada, pelo cerimonial do governo, de uma oração coletiva, na tentativa de silenciar a indignação.

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Cartazes cobravam direitos desrespeitados pela gestão Mauro Mendes, em Mato Grosso

Dentre as principais críticas apresentadas destacavam-se a política meritocrática, implementada através da Gratificação de Resultados (GR), uma política que remunera os profissionais a partir de metas, por vezes, inatingíveis. Mais ainda, a ausência de diálogo por parte do governo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sintep-MT), também ganhou destaque nas reivindicações. Os manifestantes cobraram o pagamento integral da dívida da RGA -Revisão Geral Anual, que desde 2019 está defasada.

Novamente voltaram a exigir a aplicação de uma política de valorização real, que busca assegurar a recomposição dos salários de ativos e aposentados. A proposta é que a correção seja realizada ao longo dos quatro anos de governo Mauro Mendes, além da retomada de um ambiente escolar democrático. Esses elementos são considerados essenciais para o fortalecimento do sistema educacional e a recuperação da dignidade dos trabalhadores e trabalhadoras da educação.

A tentativa de minimizar a intensidade dos protestos por meio de uma oração como forma de desviar a atenção, não foram suficientes para aplacar os ânimos. As críticas persistiram, indicando a urgência de um diálogo mais transparente e efetivo entre o governo Mauro Mendes e a categoria de profissionais da educação.

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O descaso com as políticas de valorização profissional agrava o quadro de empobrecimento dos profissionais da educação, ativos e aposentados

Para o secretário de comunicação do Sintep-MT, Edevaldo José, "os profissionais da educação não podem mais ser ignorados. Estavam lá para exigir respeito, valorização salarial sem competição no espaço da escola e por uma política que respeite os aposentados que estão fora de quaisquer políticas de valorização implementadas pelo atual governo", disse.

Para o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, “o momento foi de oportunidade para chamar atenção para às necessidades e demandas legítimas da categoria, já que o governo ignora as tentativas de diálogo cobradas pelo Sintep-MT, ressaltou, lembrando da audiência cancelada em dezembro de 2023, adiada para janeiro e não aconteceu.