Educação: Presidente do Sintep-MT visita a cidade para ouvir demandas


Profissionais da educação denunciam arrocho salarial que vem sofrendo a categoria

Publicado: 11/03/2022 18:48 | Última modificação: 11/03/2022 18:48

Escrito por: A Tribuna Mato Grosso

Denilson Paredes
Valdeir Pereira, Maria Celma e Bartolomeu Basili Belmonte, diretores do Sintep, em agenda em Rondonópolis

O presidente estadual do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep), Valdeir Pereira, esteve em Rondonópolis e visitou algumas unidades escolares da cidade. O objetivo da visita, que faz parte de uma programação que se estende a todas as regiões do estado, tem o objetivo de ouvir demandas dos trabalhadores da educação e aproximar a direção da entidade de suas bases.

“Nós estamos reforçando as atividades que são feitas pelas subsedes do Sintep e conversando com os trabalhadores, preferencialmente nas escolas. E que temos ouvido é principalmente reclamações referentes ao arrocho salarial que vem pesando sobre a categoria”, informou o dirigente sindical.

Valdeir Pereira diz também ter ouvido muita reclamação do pessoal técnico e apoio escolar que foram empossados após o último concurso da Educação, que não estariam sendo beneficiados pelo programa “Pró Funcionário”, que é um programa específico os enquadra de forma definitiva como profissionalizados.

“E por parte da gestão das escolas, a dificuldade que foi o início desse ano letivo, pela falta de professores e pela demora no preenchimento dessas vagas. E, de fato, em diversas escolas que passamos, não há ainda professores lotados depois de mais de 30 dias que iniciou o ano letivo. E também a parte da infraestrutura, que em algumas escolas está bastante precária”, continuou.

“E quando você tem esse problema de falta de profissionais na escola e de infraestrutura, isso tem um reflexo sobre o processo ensino-aprendizagem. Isso compromete muito esse processo”, contextualizou.

Ele contou o caso de uma professora que teve um acidente que resultou numa fratura num dos seus pés, o que a levará a se ausentar do trabalho por alguns dias, mas a unidade escolar onde ela trabalha não tem uma pessoa qualificada para a substituir nesses dias de afastamento.

“Já fomos impactados pela pandemia, pois já ficou demonstrado que o ensino remoto não funciona para a grande maioria da população, e quando há falta de profissionais na escola, você aprofunda ainda mais esse abismo”, completou.

Para a ex-presidente e atual secretária de comunicação do Sintep local, Maria Celma Oliveira, essa visita é importante e atende a uma demanda da própria categoria, que cobra uma maior proximidade com a direção central da entidade sindical que os representa.

“Essa visita fortalece os vínculos com a direção central e a categoria e sente mais próxima do sindicato e mais segura naquelas demandas que tem para colocar. Isso é muito positivo e de grande proveito essa vinda do presidente, pois ele pode ir à escola e ouvir a categoria e ouvir suas angústias”, externou.

Os sindicalistas disseram que não há nenhuma mobilização grevista no horizonte imediato, mas a possibilidade não está totalmente descartada. Os representantes dos trabalhadores da Educação estarão reunidos em Cuiabá no próximo dia 19 e 20 deste mês, em um Conselho de Representantes, e no dia 21 devem fazer uma grande assembleia geral para analisar a posição do Governo do Estado quanto à sua pauta de reivindicações, que cobra uma reposição salarial de 21,52%, para que o valor pago aos professores no estado chegue ao valor previsto no Piso Nacional da categoria, que historicamente vem sendo pago pelos governos.

Eles estiveram na redação do A TRIBUNA acompanhados do professor Bartolomeu Basili Belmonte, diretor regional do Sintep.

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