Educadores de Colíder entram no 3º dia de greve e exigem audiência com prefeito
“Nós protocolamos na quinta-feira (17), mais um ofício junto à Prefeitura, solicitando uma audiência e a mesa de negociação com urgência", disse Edina Martins, presidente da Subsede.
Publicado: 18/03/2022 15:09 | Última modificação: 18/03/2022 15:09
Escrito por: Assessoria/Sintep-MT.
A luta para ter garantido o direito de reajuste do piso salarial segue firme entre os trabalhadores da Educação do Município de Colíder (distante 632 Km de Cuiabá). Os profissionais decidiram pela greve, que que completa três dias nesta sexta (18), após inúmeras tentativas, sem sucesso, de negociar com o prefeito municipal, Hemerson Máximo.
Segundo a presidente da Subsede do Sintep, Edina Martins, conforme a Lei do Piso, para que a remuneração inicial de carreira seja equivalente ao reajuste nacional, o gestor precisaria conceder 27,5% de correção nos salários dos educadores. “Nós não estamos pedindo nada além do que temos direito e que o município tem plenas condições de pagar, afinal, sabemos por meio de relatórios e dados, que existe recurso disponível para aplicar em educação e no desenvolvimento do ensino. E não há como falar em educação de qualidade sem que os trabalhadores sejam valorizados”, disse a sindicalista.
O Secretário de Redes Municipais do Sintep-MT, professor Henrique Lopes, esteve reunido com a categoria em Colíder na última terça-feira (16), e destacou a importância dos trabalhadores se unirem para fazer o enfrentamento.
“Nós precisamos nos posicionar para que não haja essa discrepância na remuneração dos trabalhadores nos diferentes municípios desse estado. Como o prefeito aqui, explica o fato de que outras cidades como Itaúba e Nova Monte Verde já adequaram a remuneração dos trabalhadores ao piso nacional e ele não? Além disso, já existe a regulamentação do Artigo 206 da Constituição Federal, que define como um dos princípios da educação, a existência do piso e Plano de Carreira para o conjunto dos trabalhadores da educação. Não respeitar isso, para um gestor, é inaceitável. Ou o prefeito está mal assessorado ou está mal intencionado”, criticou Henrique Lopes.
A presidente da Subsede, Edina Martins, disse que os educadores estão unidos e que a greve vai continuar até que o prefeito atenda a categoria. “Nós protocolamos na quinta-feira (17), mais um ofício junto à Prefeitura, solicitando uma audiência e a mesa de negociação com urgência. Nós temos pleiteado isso desde o ano passado, mas o prefeito sempre protela. Na última reunião com o executivo municipal, ele nos ofereceu apenas 5,54% de reajuste, que é um valor inaceitável para nós, visto que não chega nem perto do que temos direito”, disse Edina.