Educadores de Alto Paraguai organizam paralisação de 3 dias em protesto pelo Piso


Defasagem salarial dos educadores no município ultrapassa 50% do valor do Piso

Publicado: 29/05/2023 16:38 | Última modificação: 29/05/2023 16:38

Escrito por: Assessoria/Sintep-MT.

Reprodução

Cansados de serem ignorados pela gestão municipal quanto às tratativas em torno do pagamento do Piso Salarial aos educadores, os trabalhadores educação da cidade de Alto Paraguai, distante cerca de 200 km de Cuiabá, organizaram uma paralisação de três dias nas atividades em protesto por este, que é um direito assegurado em Lei.

Segundo a presidente da Subsede, Márcia Araújo Gomes, os trabalhadores da rede municipal estão mobilizados e já nesta segunda (29), estão acampados em vigília em frente à secretaria de educação de Alto Paraguai. “Nós chegamos a ter a promessa do prefeito de que haveria uma discussão sobre o reajuste da nossa remuneração, para equiparação ao Piso Salarial Nacional, ainda no primeiro quadrimestre do ano. Esse prazo venceu no mês de abril e até agora não tivemos nenhum avanço. Enquanto isso, nossos salários seguem desvalorizados, engolidos pela inflação e pelo aumento no custo de vida”, disse a sindicalista.

Reprodução
Educadores paralisaram atividades nesta segunda (29) para vigília em frente à Secretaria municipal de educação de Alto Paraguai.

“Estamos paralisando nossas atividades durante esses três dias para mostrar nossa indignação. Hoje o Piso Salarial Nacional é de R$ 4.420,55. Aqui em Alto Paraguai o salário inicial é de R$ 1.995,80, ou seja, R$ 2.422,75 a menos do que nos é devido. É inaceitável estarmos recebendo menos da metade do que é nosso Piso. Até agora o prefeito não se reuniu com a categoria e diz que está estudando a questão. Depois, apenas apresentou um ofício dizendo que iria reunir no próximo semestre. Mas nós estamos parando as atividades porque estamos cansados de promessas de conversas que nunca acontecem. Queremos ações e que ele pague o piso”, disse uma professora que protesta em frente à secretaria de educação do município.

Mobilizações

No dia 30/05 (terça-feira), será realizada uma Assembleia Geral da categoria na escola municipal Pedro Duarte Lima, às 16h, para deliberar sobre as ações das próximas manifestações. No dia 31/05 (quarta-feira) os profissionais realizam um Ato Público em frente à prefeitura. “Nós queremos ser ouvidos pela gestão. O piso salarial não é um favor que o gestor faz aos trabalhadores. A educação pública precisa ter o respeito do prefeito e para que isso aconteça, é preciso valorizar os trabalhadores que atuam nas escolas”, disse a presidente da Subsede, Márcia Araújo Gomes.