Educadores da rede municipal de Jangada paralisam as atividades nesta quinta e sexta-feira


Prefeitura desrespeita legislação do Piso, compromete direito dos estudantes na oferta da merenda e transporte escolar

Publicado: 16/03/2023 18:37 | Última modificação: 16/03/2023 18:37

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep/Jangada
Assembleia que deliberou dois dias de paralisação

Os profissionais da rede municipal de Jangada realizam hoje (16) e amanhã (17/03), dois dias de paralisação em razão do calote da prefeitura municipal na recomposição salarial dos trabalhadores da educação, de 2022 e 2023. A deliberação foi definida em assembleia na subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso, no município, depois que o prefeito ignorou os requerimentos para negociar com a categoria.

As reivindicações vão além do direito ao Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), exige a realização de Concurso Público, transporte escolar e merenda de qualidade para os estudantes. 

Sintep/Jangada
Profissionais da educação paralisam por melhores condições de trabalho e valorização salarial 

A presidente da subsede do Sintep/Jangada, Célia da Costa, explica que a defasagem salarial frente ao Piso Salarial Profissional Nacional (o salário mínimo da educação) soma quase 40% de perdas em dois anos. O achatamento salarial é ainda maior com o descumprimento do direito a 1/3 de férias referente aos 45 dias, para professores, além do calote no 13º para os profissionais em regime de contrato. A categoria reivindica a realização de Concurso Público na rede municipal de educação, que devido aos baixos salários e a grande rotatividade de profissionais, geram prejuízo na continuidade das políticas educacionais. 

Para a dirigente é preciso que a prefeitura tenha respeito com os profissionais e estudantes da educação municipal, e abra mesa de negociação. “Precisamos resolver o problema da merenda e dos materiais pedagógicos, que tem distribuição centralizada na prefeitura e não atende a demanda das escolas. Outra situação são as péssimas condições do transporte escolar, que colocam em risco os estudantes e os profissionais, sem contar que é tão ruim, que a cada dia uma rota fica sem funcionar”, denuncia.