Educadores comemoram a retomada do debate democrático na construção de políticas educacionais


Fórum Nacional de Educação volta a ter composição representativa com participação de entidades e movimentos sociais

Publicado: 21/03/2023 16:57 | Última modificação: 21/03/2023 16:57

Escrito por: Roseli Riechelmann

Reprodução
Ministro da educação Camilo Santana recompõe Fórum Nacional de Educação

Educadores em todo o Brasil comemoram a retomada do espírito democrático na Educação após a publicação da Portaria nº 478/2023 do Ministério da Educação, recompondo a formação original do Fórum Nacional de Educação (FNE). A medida assinada pelo ministro da Educação, Camilo Santana, dia 17 de março, ganhou extensão hoje (21/03) com nova publicação no Diário Oficial da União, dos órgãos, entidades e movimentos sociais que voltam a ter representatividade nos debates e construção das políticas educacionais.

A secretária de Política Educacionais do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) e secretária de Assuntos Educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Guelda Andrade, aplaude a iniciativa, considerando a simbologia deste movimento para as entidades que foram retiradas de forma antidemocrática do FNE, naquela ocasião. A dirigente, integrante da CNTE ocupará uma cadeira no Fórum Nacional de Educação.

Guelda foi durante os últimos quatro anos e permanece, coordenadora do Fórum Estadual Popular de Educação, entidade criada pelos movimentos sociais, em nível nacional, sob a coordenação da CNTE para fazer o debate democrático, e a disputa de projeto após o golpe ser dado pelo governo de Michel Temer.

“A reconstituição do Fórum tal qual estava antes do golpe de 2016 é uma conquista, após sua desconstrução, de forma autoritária. Foi a partir desse ato que criamos o Fórum Nacional Popular de Educação. Entidade que fez os debates e a disputa do projeto de educação, com o então Fórum existente, que não representava as entidades e os movimentos sociais”, destaca.

Segundo Guelda, o governo Lula retoma esse espaço democrático, com uma significativa representação da sociedade civil, que será responsável por conduzir a consulta da farsa do “Novo Ensino Médio”, sob a coordenação da CNTE. “O FNE também coordenará a realização da Conferência Nacional de Educação para a construção do Novo Plano Nacional de Educação”, conclui.

Participaram da assinatura da Portaria criando o novo FNE:  Gabriel Barros (UNE); Carlos Alberto Marques (Proifes); Gilson Reis (Contee); Miriam Fabia (Anped); Geovana Lunardi (Anped); Luis Dourado (Anpae); Márcia Abreu (Fasubra); Edjane Rodrigues (Contag); Antônio Lacerda (Contag); José Ramix (Contag); Walisson Araújo (SE); Guilherme Barbosa (UNE); Heleno Araujo (CNTE); Guelda Andrade (CNTE); Sueli Veiga Melo (CUT).