Educadores cobram apoio da Câmara de Alta Floresta para proposta de valorização salarial


Primeira sessão ordinária após recesso acontece em meio a multidão de trabalhadores da educação em greve na rede municipal

Publicado: 04/08/2023 10:48 | Última modificação: 04/08/2023 10:48

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep/Alta Floresta
Primeira sessão legislativa na Câmara de Alta Floresta, após o recesso de julho, é marcada com reivindicações dos profissionais da educação, em greve no município

Os trabalhadores da rede municipal de educação de Alta Floresta (800 km ao norte de Cuiabá) lotaram a Câmara de Vereadores na primeira sessão ordinária após o recesso de julho, dia 2. O objetivo foi cobrar do legislativo a intermediação junto à prefeitura para a construção de uma proposta de recomposição salarial. Diante do número significativo de profissionais presentes, o presidente da Casa legislativa propôs a realização de uma audiência pública para quarta-feira (10/08) às 14 horas, onde serão expostas as receitas da educação e, assim, averiguar se procedem as argumentações do prefeito Chico Gamba.

A participação do vereador presidente Oslen Dias (Tuti) e de outros cinco vereadores, que acompanharam todo o debate, foi considerada positiva pela categoria. Durante o encontro, vários profissionais expuseram os desafios que estão vivenciando sob a atual administração e apresentaram fatos que contradizem as falácias do prefeito, divulgadas em vídeo nas redes sociais, de que pagam o piso salarial profissional no município.

Sintep/Alta Floresta
Presidente da subsede do Sintep/Alta Floresta e vereadora, Ilmarli Teixeira, destaca as inverdades nas falas do executivo sobre pagamento do Piso Salarial Profissional na rede municipal 

A presidente da subsede do Sintep/Alta Floresta, Ilmarli Teixeira, parabenizou os educadores que participaram maciçamente da audiência. "Foi muito positiva para manter a unidade da luta em busca daquilo que a lei determina, ou seja, o piso salarial profissional, com um percentual de acordo com a portaria interministerial nº 17, no valor de 14.95% de recomposição". A dirigente reafirmou que Alta Floresta não paga o piso e que os recursos não estão sendo aplicados na sua totalidade.

A subsede do Sintep/Alta Floresta permanece em greve com uma agenda de mobilizações na qual contará com a participação do presidente estadual do Sintep-MT, Valdeir Pereira. "Apesar das tentativas de boicote da prefeitura, a mobilização segue firme na luta pela valorização dos trabalhadores, que enfrentam a judicialização da greve", relata a dirigente.

Sintep/Alta Floresta
Educadores lotam Câmara Municipal de Alta Floresta para cobrar apoio em proposta de valorização salarial

No dia 28 de julho, três dias antes do início da greve, a prefeitura entrou com uma liminar pedindo a ilegalidade da greve e ameaçando cortar o salário dos profissionais. Segundo Ilmarli, a ação do prefeito revela o quanto de equivoco existe no vídeo divulgado no dia 31 de julho, em que afirma ter sido pego de surpresa com a paralisação. "Apesar disso, a greve continua com muita resistência, força e coragem para reivindicar aquilo que é direito", concluiu."