EDUCAÇÃO DE MATO GROSSO E MATO GROSSO DO SUL UNIDAS EM DEFESA DA VACINA E PARA UM RETORNO


Apesar do artigo 5º da Constituição Federal brasileira nos garantir o direito à vida, abril já é o mês mais letal de toda a pandemia no Brasil.

Publicado: 27/05/2021 10:39 | Última modificação: 27/05/2021 10:39

Escrito por: Redação/Sintep/MT

Sintep-MT

Até o dia 24, por exemplo, já foram 67.723 mortes, enquanto em todo o mês de março foram 66.868. Mas, mais do que isso, nesses 4 meses de 2021 já morreu mais gente de Covid-19 do que em todo o ano de 2020. Foram 194.976 mortes em 2020, contra 196.024 pessoas até 24 de abril de 2021.

O Brasil virou um cemitério a céu aberto e um problema grave de saúde pública para o mundo inteiro. Barreiras são impostas a brasileiros, apenas 8 países aceitam receber pessoas vindas do Brasil sem exigir medidas mais duras de segurança. Os hospitais estão abarrotados e o país exibe, quase que diariamente, uma avalanche de novas variantes da doença, junto com a quase absoluta falta de perspectiva de vacina para toda a população.

O governo federal, até aqui, é um grande aliado do vírus: promove aglomeração, desestimula o uso de máscaras, impõe barreiras à compra de vacinas, induz a população a tomar remédios sem qualquer eficácia científica comprovada, zomba de quem morreu de covid, brinca com os sentimentos de todos nós que, direta ou indiretamente, nos encontramos de luto.

Em Mato Grosso foram 9.696 mortes até o dia 28 de abril, isso num estado que tem população de 3.526.220 pessoas, o que coloca Mato Grosso no terceiro estado em taxa de mortalidade (247 óbitos por 100.000 habitantes), dados de 13 de abril. A situação em Mato Grosso do Sul é igualmente preocupante: taxa de letalidade de 2,3%; registro de 247.236 infectados e a perda de 5.686, até 29 de abril.

Nesse cenário, dois projetos de lei avançam em âmbito estadual, no Mato Grosso, e nacional, sinalizando para o retorno das aulas presenciais. Os PLs vêm com a farsa de que a educação é serviço essencial, ao que respondemos: Educação é um direito e Essencial é Salvar Vidas!! Na verdade, os PLs naturalizam a barbárie, são parte da execução de um plano macabro de eliminação sumária de trabalhadores. Defendem os interesses daqueles que vendem a educação como mercadoria e querem colocá-la a reboque da frieza das bolsas de valores. Aqui no Brasil mora o maior conglomerado da educação privada do mundo, que se apossou de quase toda a educação superior e avançou a passos largos, nos últimos anos, sobre a educação básica. Em Mato Grosso do Sul houve, ainda, a tentativa de retorno presencial/híbrido na UFMS, decisão revogada por pressão da comunidade acadêmica, contrária à tal decisão.

Por outra parte, as escolas e creches são os locais onde os pais e as mães encontravam apoio para deixar seus filhos enquanto disputam a sobrevivência no mercado de trabalho. Portanto, para a sobrevivência do capital que é fundamental abrir as escolas.

Há ainda a pressão covarde e desinformada, reforçada inclusive por parlamentares, como fez o deputado federal Ricardo Barros (Progressistas), de que os professores não querem voltar a trabalhar. Sobre isso é importante pontuar o acúmulo da carga de trabalho dos professores, que perderam a noção de horário, posto que passaram a atender alunos e pais de alunos em todas as horas do dia e dias da semana, além de terem suas casas transformadas em salas de aula e a privacidade de seus lares invadidas pelo ensino remoto. Sobre, e por conta disso, ainda vale acrescentar o adoecimento mental que tem acometido os professores. A revista Nova Escola, ainda em 2020, apontou que quase dois terços dos professores da Bahia estavam acometidos com alguma doença mental por conta do acúmulo desenfreado da jornada de trabalho durante a pandemia.

A saída, portanto, deve ser a de preservação da vida das pessoas. Livrar as pessoas da morte é a nossa palavra de ordem. Em um momento de crise da saúde pública e agravamento da pandemia, defendemos auxílio emergencial digno, lockdown e vacinação em massa para barrar a pandemia. Abrir mais de 1.000 escolas em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul com dezenas de estudantes numa sala fechada é um genocídio; abrir as universidades, igualmente. Defendemos a vacinação de todos e todas e reformas estruturais nas escolas e universidades, para que se adequem às normas sanitárias, e, assim, possamos construir o retorno às atividades de forma segura para os trabalhadores da educação, estudantes e suas famílias.

É importante, também, avançar no diálogo com quem argumenta: “mas o comércio está aberto, os parques, restaurantes e praias estão abertos. Por que só as escolas não voltam a funcionar?”

Primeiro, porque se um segmento pode fazer isolamento social, isso contribui para barrar a disseminação. Abrir as escolas e universidades é aumentar a circulação do vírus, é aumentar o número de pessoas circulando, por exemplo no transporte público; é encher ainda mais os hospitais; é contribuir com a manutenção da tragédia. Segundo, porque mesmo com todos os problemas do ensino remoto, as escolas e universidades estão todas funcionando.

Portanto, todos nós, estudantes e trabalhadores da Educação, só temos uma saída, caso avancem os PLs que impõem o retorno presencial: cruzar os braços, parando inclusive o ensino remoto, e construir uma greve sanitária que nos mantenha vivos. Não é hora de morrer, professor! Não é hora de morrer, estudante! Não é hora de morrer trabalhador da Educação!

Aula presencial somente depois da população imunizada.

Associação Nacional dos Docentes do Ensino Superior ANDES-SN - Regional Pantanal

União dos Conselhos Municipais de Educação – Mato Grosso

Central Sindical e Popular (CSP) CONLUTAS

União Nacional dos Estudantes – UNE

União Brasileira dos Estudantes Secundaristas – UBES

Federação Nacional de Estudantes em Ensino Técnico – FENET MT e MS

Associação Nacional de Pós-graduandos – ANPG

Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso – ADUFMAT

Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso – Seção Rondonópolis

Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – ADUFMS

Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – Subseção Aquidauana

Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul – Subseção Três Lagoas

Associação dos Docentes da Universidade Federal da Grande Dourados - ADUFDourados

Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul – ADUEMS

Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Mato Grosso - ADUNEMAT

Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso – SINTEP-MT

Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Federal da Educação Básica, Técnica Tecnológica – SINASEFE Seção Mato Grosso

Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Federal da Educação Básica, Técnica Tecnológica – SINASEFE Seção Cáceres-MT

Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Federal da Educação Básica, Técnica Tecnológica – SINASEFE Seção Rondonópolis

Sindicato Nacional dos Servidores da Educação Federal da Educação Básica, Técnica Tecnológica – SINASEFE Seção MS

Sindicato dos Trabalhadores Técnicos Administrativos em Educação da UFMT – SINTUF

Sindicato dos Trabalhadores em Educação em Instituições Federais – SINTEF

Comitê de Defesa Popular de Dourados

União Estadual dos Estudantes – UEE Mato Grosso

Conselho Municipal de Educação (Nova Canaã do Norte-MT)

Diretório Central dos Estudantes – DCE UFMT Cuiabá

Diretório Central dos Estudantes – DCE UFMT Várzea Grande

Diretório Central dos Estudantes – DCE UFMT Araguaia

Diretório Central dos Estudantes – UEMS

Diretório Central dos Estudantes – DCE UNEMAT Cáceres - Jane Vanini

Diretório Central dos Estudantes – DCE UNEMAT Tangará da Serra

Diretório Central dos Estudantes – DCE UNEMAT Alto Araguaia/ Rondonópolis/Itiquira

Diretório Central dos Estudantes – DCE UNEMAT Sinop, Lucas do Rio Verde, Nova Mutum, Sorriso e Juara

Associação de Pós-graduandos – UNEMAT

Associação de Pós-graduandos - UFGD

Grêmio Estudantil Nilo Peçanha / IFMT - Campus Cuiabá

VacinaParaTodos

VacinaNoBraçoComidaNoPrato