Dirigentes do Sintep-MT vão à Seduc em busca de respostas quanto às demandas da Educação


“Dentre o que estabelecemos como pauta emergencial está a atualização do piso praticado em Mato Grosso ao Piso Nacional. Para isso, é preciso que o governo faça a implementação de 21,52% na remuneração inicial de carreira dos educadores”, disse Valdeir Pereira, presidente do Sintep-MT.

Publicado: 07/06/2022 19:52 | Última modificação: 07/06/2022 19:52

Escrito por: Andressa Boa Sorte/Sintep-MT

Sintep-MT

Dirigentes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) se reuniram na tarde desta terça-feira (07), com o secretário de Educação do Estado, Allan Porto e equipe técnica da secretaria, para tratar de diversas pautas da categoria. A principal delas, a campanha salarial dos profissionais da Educação.

“Dentre o que estabelecemos como pauta emergencial está a atualização do piso praticado em Mato Grosso ao Piso Nacional. Para isso, é preciso que o governo faça a implementação de 21,52% na remuneração inicial de carreira dos educadores”, disse Valdeir Pereira, presidente do Sintep-MT.

Quanto à essa reivindicação dos trabalhadores, o secretário de Educação disse que a Seduc “não tem autonomia financeira para definir reajustes salariais” e que o assunto seria debatido junto ao governador Mauro Mendes e o secretário de Fazenda, Rogério Gallo. A preocupação do Sintep-MT, no entanto, é usarem o período eleitoral como desculpa não tomar as decisões que valorizem os trabalhadores da Educação.

“Houve tempo suficiente para o governo avaliar essa questão. Recursos também têm. Ou seja, não há nenhum motivo plausível para o governo se recursar a cumprir com a atualização do Piso e implementar. Historicamente, Mato Grosso nunca pagou abaixo do Piso Nacional; esta é a primeira vez e justo num período em que o preço dos alimentos está nas alturas e o salário dos trabalhadores da educação perde, cada dia mais, o poder de compra”, destacou Valdeir.

Sintep-MT

A realização da profissionalização do Profuncionário, o confisco das aposentadorias e pensões, além de problemas no processo de atribuição de aulas, também foram pontos de pauta da reunião. Diante da amplitude de matérias, ficou estabelecido que a Secretaria de Educação irá formalizar as respostas de forma documental ao Sintep-MT e, em paralelo a isso, irá instituir um cronograma de reuniões com o sindicato, para debater ponto a ponto as demandas apresentadas pelos dirigentes. “A falta de audiência faz que os problemas se acumulem e, por isso. é impossível resolver tudo numa única reunião de 2 horas. Desde o início da gestão Mendes temos nos colocado à disposição para o diálogo, sem nunca termos sido atendidos. Esperamos que agora, de fato, esse cronograma de reuniões seja estabelecido e respeitado pela Seduc”, citou o presidente do Sintep-MT.

A próxima reunião dos sindicalistas com a secretaria ainda não tem data definida para ocorrer. Já a formalização das respostas da pasta às reivindicações dos educadores deverá ocorrer nos próximos dias. Quanto ao reajuste salarial para equiparação do Piso, também ficou definido que a Seduc-MT irá apresentar um estudo de impacto da Folha com a possível implementação dos 21,52%.

“Não há nem necessidade de realização desse estudo de impacto, até porque temos a certeza de que o governo do estado tem dinheiro para atualizar o Piso da categoria  para se chegar, ao mínimo, do Piso Nacional de R$ 3.845,00. Esse estudo, quando ficar pronto, corre o risco de justificarem restrições por conta do período eleitoral. Se isso acontecer, saberemos que não foi coincidência”, finalizou Valdeir.