Dirigentes do Sintep-MT fortalecem mobilização no Congresso Nacional contra PEC 32

A mobilização das diversas carreiras do funcionalismo público em todo o país acontece de terça (14) a quinta (16) no Congresso Nacional, em Brasília, e conta com representantes do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT).

O presidente do Sindicato, Valdeir Pereira, destacou a importância da manifestação. “Hoje a mobilização que acontece aqui em Brasília conta com a participação dos servidores públicos da educação contra a PEC 32. São semanas de luta e resistência contra essa vergonha que ataca os serviços públicos e ataca a educação pública, assim como outras Propostas que tramitam aqui no parlamento nacional. Essa mobilização que segue até quinta feira tem o objetivo de sensibilizar os deputados para que votem contra esse desmonte”, disse.

O sindicalista ainda citou um projeto de lei que poderá ser pautado hoje, que se aprovado, irá permitir que prefeitos e governadores apliquem menos do que 25% dos recursos na educação. “Nós defendemos que esses recursos sejam investidos integralmente nesse serviço que é tão importante para sociedade, que é a Educação. Tem prefeitos aqui de todo o Brasil para tentar mobilizar o Congresso, para que aprovem esse desmonte. Além disso, querem que o piso salarial da educação seja reajustado unicamente pelo INPC, o que iria provocar ainda mais o achatamento da remuneração dos trabalhadores a cada ano”, criticou.

Os sindicalistas visitaram 7 dos 8 gabinetes dos deputados federais por Mato Grosso. Apenas o gabinete do deputado Carlos Bezerra (MDB) não estava aberto ao público. Eles apresentaram a pauta de reinvindicações e pediram apoio para o voto contra a Pec 32.
Sobre a PEC 32

Na visão das Centrais Sindicais, a PEC 32 além de comprometer serviços essenciais à população, acentua as propostas de enxugamento do Estado.

Enviada ao Congresso Nacional pelo governo federal no início de setembro, a reforma administrativa – Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/2020 –  tem sido apontada pelo governo e a mídia em geral como um projeto importante e necessário para “salvar” o Estado brasileiro do suposto “inchaço” no número de servidores públicos no país. Mas a verdade é que a proposta serve ao projeto de Bolsonaro, Mourão e Guedes de destruição dos serviços públicos e retirada dos direitos dos servidores, cuja principal vítima é a população brasileira que será duramente atingida pelas mudanças propostas na reforma, caso ela venha a ser aprovada pelo Legislativo.