Deputados que votaram contra os servidores querem se reeleger em 2022


Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) alerta a população para não escolher quem votou contra os temas relacionados a direitos sociais e trabalhistas dos servidores públicos.

Publicado: 11/08/2022 19:21 | Última modificação: 11/08/2022 19:21

Escrito por: Roseli Riechelmann/Sintep-MT

Reprodução
Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso

Após quatro anos de ataques recorrentes contra os direitos dos servidores públicos de Mato Grosso, o funcionalismo estadual terá a oportunidade de mostrar nas urnas sua indignação. As candidaturas apresentadas para as eleições de outubro de 2022, em Mato Grosso, retomam os nomes da maioria parlamentar da base governista de Mauro Mendes, e que ajudaram a retirar direitos dos servidores públicos.
O secretário de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Edevaldo José, destaca que mais 90% dos deputados estaduais que concluirão mandato agora em dezembro de 2022, disputarão a reeleição no dia 2 de outubro.
Para o dirigente, é hora de cumprir com o aviso dado durante as várias sessões que os parlamentares votaram contra os projetos importantes para a vida dos servidores e servidoras do estado de Mato Grosso.
Foram várias mobilizações organizadas pelo coletivo de servidores públicos do estado, outras pelos trabalhadores da educação, desde 2019. Nos enfrentamentos o slogan “quem votar não volta” anunciava o poder do voto popular. “Agora, precisamos cumprir a nossa afirmação”, afirmou o dirigente.

Sintep-MT
Desde 2019, os projetos apresentados pelo governo obtiveram aprovação da maioria parlamentar. Foi assim com a Reforma da Previdência, que castigou os aposentados e pensionistas com confisco de 14% dos benefícios; aumentou o desconto previdenciário dos ativos; desconsideraram o cumprimento da Revisão Geral Anual, na aprovação das leis orçamentárias anual, por três anos.
E mais, se omitiram da defesa da Lei 510/2013, aprovada pelo próprio legislativo; negaram auxílio emergencial para professores destratados na pandemia; aprovaram legislações que reduziram os percentuais da lei de responsabilidade fiscal de Mato Grosso, para uso de recursos com folha de pagamentos dos servidores do executivo estadual; aprovaram ampliação das isenções e renúncias fiscais.
O secretário de Finanças do Sintep-MT, Orlando Francisco, destaca que entre os vinte quatro deputados, dez são servidores públicos, porém, poucos fizeram a defesa do serviço público.  “Na próxima legislatura temos que colocar no parlamento pessoas que façam valer aquilo que está expresso nas Constituições Federal e Estadual. Na atual legislatura a maioria dos deputados não fala nem vota com isenção. Sempre em obediência ao governador, quando não, se omitem”, concluiu Orlando Francisco.