Conselho de Representantes reafirma a organização da base para avançar em direitos


Enfrentamento histórico do Sintep-MT faz a resistência a tentativas de desmonte da categoria

Publicado: 10/08/2024 18:32 | Última modificação: 10/08/2024 18:32

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep-MT/ Francisco Alves
Segundo momento do Conselho de Representantes focou os impactos das políticas estaduais na educação pública

Um olhar histórico sobre os 59 anos de luta sindical destaca a importância da organização nos locais de trabalho. Essa foi a afirmação do professor especialista Henrique Lopes, na análise de conjuntura do Conselho de Representantes do Sintep-MT (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso), realizado no sábado (10/08). Henrique enfatizou a necessidade de debate entre os trabalhadores para combater as falácias propagadas pelo governo na mídia.

O dirigente do Sintep-MT reafirmou o papel central do Sindicato na defesa das políticas educacionais e na resistência por uma sociedade que priorize os trabalhadores, com a educação pública desempenhando um papel fundamental.

Sintep-MT
Dirigente do Sintep-MT, professor Henrique Lopes, lembra que as conquistas históricas do Sintep-MT foram feitas com a força da categoria


Segundo o educador, é essencial retomar as políticas educacionais construídas coletivamente, como o Plano Nacional de Educação (PNE). Henrique lembrou que a Conae 2024 trouxe a perspectiva de um novo Plano, mas que este enfrenta interferências e disputas no atual Congresso Nacional. Até dezembro de 2025, prevalece o PNE 2014-2024, cujas metas, em sua maioria, não foram cumpridas. “O Brasil precisa deixar de ser um país de projetos”, destacou.

Henrique Lopes também ressaltou a importância das eleições municipais de 2024, que permitirão à sociedade escolher representantes no executivo e legislativo comprometidos com projeto de uma sociedade inclusiva e democrática..

O palestrante apontou que não apenas os profissionais da educação estão empobrecendo, mas toda a sociedade, devido a um modelo econômico que privilegia segmentos específicos em detrimento do social. “Num estado cuja arrecadação prevista é de R$ 35 bilhões, promover renúncia e isenções de R$ 14 bilhões é retirar recursos das políticas públicas”, disse.

Diante desses números, destacou ainda a necessidade de esclarecer os profissionais da educação da rede estadual sobre a viabilidade de o governo garantir valorização com ganho real nos salários, desmontando a política meritocrática do governo Mauro Mendes. “A Gratificação por Resultados é uma política que destrói carreiras, promove ganhos ilusórios e traz prejuízos para a aposentadoria e os aposentados”, concluiu.