Conselhão apoiará Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades: educação é área prioritária


Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS) adere ao pacto de combate as desigualdades, que reúne outras 60 entidades da sociedade civil, sindicatos e governo

Publicado: 31/08/2023 18:28 | Última modificação: 31/08/2023 18:28

Escrito por: CNTE

Gil Ferreira/Ascom SRI

O presidente da CNTE, Heleno Araújo, participou, nesta quarta-feira (30), em Brasília, de uma reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável (CDESS). No encontro, o “Conselhão” anunciou sua adesão ao "Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades".

Por meio de uma declaração em que afirma que atuará de forma conjunta com as organizações que assinaram o “Pacto Nacional", o Conselhão formalizou seu compromisso em fazer isso "de forma cooperada e materializada em um termo de cooperação que enunciará nossas iniciativas conjuntas e os planos de trabalho”, diz o documento do CDESS (clique aqui para ler).

Sobre o “Pacto Nacional”

Lançado na manhã desta quarta-feira (30), no Salão Nobre do Congresso Nacional, o Pacto Nacional pelo Combate às Desigualdades é uma iniciativa da Ação Brasileira de Combate às Desigualdades (ABCD), que reúne 60 entidades da sociedade civil, sindicatos e governo e tem como objetivo dar prioridade nacional ao tema. A CUT é uma das centrais sindicais que aderiram ao movimento.

“Apenas sete países africanos têm desigualdades piores que as nossas, que são imensas. Por exemplo: quem mora em um bairro rico de São Paulo vive 23 anos mais do que um habitante de um bairro pobre. As desigualdades são múltiplas, se conectam e se retroalimentam: de renda, de riqueza, sociais, ambientais, políticas, territoriais, culturais, de gênero e de raça”, relata o site Rede Brasil Atual, sobre o documento do "Pacto".

De acordo com a página oficial da CUT, "o pacto prevê o monitoramento periódico de políticas públicas por meio do estabelecimento de metas, indicadores e cobrança de resultados de forma contínua para assegurar que os programas implantados, de fato, promovam a igualdade”.

Áreas prioritárias do “Pacto":

-Raça e Gênero – de forma individual e transversal

-Educação

-Saúde

-Renda, riqueza e trabalho

-Clima e meio ambiente

-Desigualdades urbanas – intracidades e desigualdade territorial – entre as cidades

-Desigualdade de representação política

-Segurança pública

-Habitação e saneamento básico

-Segurança alimentar

INICIATIVAS SINDICAIS

A CUT apoia o "Pacto Nacional" por meio de 10 iniciativas sindicais para o combate às desigualdades, publicadas ontem pela Central Única dos Trabalhadores e outras centrais (leia aqui o documento).

Para Heleno, a educação escolar, profissional e superior, ao mesmo tempo em que contribuem para o combate às desigualdades, também podem aumentá-las, dependendo do projeto de educação que seja colocado em prática no país.

"Neste sentido, considero que, para combater as desigualdades, é de fundamental importância garantir o acesso, a permanência e a conclusão dos estudos para todas as pessoas. Também precisamos implementar um projeto de educação com base na solidariedade, cooperação e participação social na perspectiva da formação cidadã e profissional para todas as pessoas", afirma o presidente da CNTE.