Comunidade escolar protesta contra fechamento da EE Heronildes Araújo

Nesta segunda-feira, 16 de outubro, uma manifestação em frente à Escola Estadual Heronildes Araújo, em Barra do Garças, chamou a atenção da população para a situação crítica da Educação Pública devido a mais um ato do governo Mauro Mendes. A escola, que comemora 50 anos de fundação em 2023, está listada pela Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) para encerrar suas atividades.

A Escola Estadual Heronildes Araújo tem aproximadamente 400 estudantes matriculados, abrangendo do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do 1º ao 3º ano do Ensino Médio. A notícia do encerramento das atividades foi comunicada às vésperas do feriado de 12 de outubro, o que já resultou na suspensão das matrículas para o ano letivo de 2024.

A comunidade ficou revoltada com o fato de que essa informação foi repassada sem qualquer diálogo ou debate com os pais, professores e funcionários sobre o destino de todos no próximo ano letivo. A mobilização foi convocada pela subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso, em Barra Garças, e enfatizou o descaso do governo Mauro Mendes com a Educação, bem como o desrespeito aos estudantes e suas famílias.

O presidente do Sintep/Barra do Garças, Gibran Freitas, destacou a indignação da comunidade. “O fechamento da escola, histórica no município de Barra do Garças, com 50 anos de fundação e referência para a população, é um ato de desrespeito”, ressaltou. Além disso, ele criticou a maneira como o processo de encerramento da unidade está sendo conduzido.

Gibran Freitas também apontou que Barra do Garças tem experimentado uma redução na oferta de vagas nas escolas estaduais ao longo da gestão de Mauro Mendes. Durante esse período, nove unidades escolares foram fechadas no município, restando apenas oito no próximo ano. “Essa política de redução prejudica as famílias, que agora ficam reféns de uma educação precária, com salas de aula superlotadas e professores distribuídos por diversas unidades para completar a carga horária, comprometendo a qualidade do ensino”, disse.

Outra preocupação levantada pelo dirigente sindical é que os pais e responsáveis ficarão sem opções de matrículas próximas às suas residências, o que exigirá deslocamentos ou mudanças de turno para que os filhos tenham acesso ao direito à Educação.