Comunidade Escolar acusa governo Mauro Mendes de práticas antidemocráticas na educação


Apesar dos protestos, o governo articula o fechamento da escola estadual Licínio Monteiro. Decisão feita em gabinete desrespeita o desejo coletivo da comunidade escolar

Publicado: 29/11/2021 17:59 | Última modificação: 29/11/2021 17:59

Escrito por: Assessoria/Sintep-MT

Foto Montagem
O governo não dá publicidade mas realiza movimentos de desmonte da EE Licínio Monteiro

Mesmo no último minuto, a comunidade da Escola de Desenvolvimento Integral da Educação Básica (Edieb) Licínio Monteiro da Silva não se rende às imposições políticas do governo Mauro Mendes. A decisão de fechar a unidade, há meses em disputa, foi oficializada na semana passada por comunicados feitos à direção da escola. E, em mais um manifesto, a comunidade escolar deixa registrado na história da escola, a contrariedade dessa população, que não é ouvida pelo governo. 

Num desabafo indignado contra mais um ato antidemocrático do governo do estado, pactuado com a atual gestão no município de Várzea Grande, os educadores e estudantes publicaram domingo (28/11) um texto em que pontuam toda a situação vivenciada na escola. Do desespero daqueles que ficarão sem o direito, até a tentativa de mobilização democrática pela defesa da vontade coletiva. No texto questionam quais os interesses de um governo em fechar escola.

Para o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) e professor na unidade, Gilmar Soares, a Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT), ignora os protestos e realiza uma ação velada, com o desmonte da escola por dentro, incluindo esvaziamento de matrículas para o ano de 2022, com a proibição de novas turmas. “Muitos profissionais foram deslocados para outras unidades, mas existem aqueles que resistem e permanecem na escola. O governo não dá publicidade, mas realiza movimentos na tentativa de desmobilizar a comunidade escolar, inclusive confundindo os pais sobre a permanência ou não das atividades na escola”, disse.

Segundo o educador, é surpreendente a falta de ação contra esse desmando por parte do Ministério Público Estadual, Assembleia Legislativa de Mato Grosso, o próprio poder Judiciário, que estão sem agir. “É lamentável o que está acontecendo, principalmente para as crianças, mais vulneráveis, que são os imigrantes, os alunos da educação de jovens e adultos, os especiais, que terão uma alternativa a menos para estudar, principalmente do ponto de vista geográfico, já que a escola está localizada numa área central da cidade, que facilitaria o aluno trabalhador frequentar a EJA em qualquer período. Não vão ter isso em outro lugar”, conclui

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