Combertty Rodríguez alerta para a tendência de privatização da educação pública na América
“Há uma estrutura de privatização. Hoje temos não somente uma rede privada em cada um dos países da América Latina.
Publicado: 14/01/2022 11:31 | Última modificação: 14/01/2022 11:31
Escrito por: Redação/CNTE
Temos a presença legitimada de setores privados que estão definindo política pública educativa”, alertou o coordenador regional da Internacional da Educação para a América Latina (IEAL), Combertty Rodríguez. Na avaliação dele, esse processo conta com o suporte político de governos, assim como uma arquitetura internacional com o Banco Mundial, o Fórum Econômico Mundial, a Organização Mundial do Comercio, setores da Unicef e da Unesco – que dão corpo e legitimidade política ao comércio educativo na América Latina.
A conjuntura nacional e internacional foi tema de debates nesta quarta (13), no 34º Congresso Nacional da CNTE. Combertty Rodrigues destacou que o grande desafio que temos nesse contexto não só na América Latina, mas também no nível mundial, é a definição de proposta de política pública educativa alternativa com participação direta de educadores e educadoras: “Esse é um ponto chave para a perspectiva do movimento sindical. Se não tivermos proposta de políticas públicas alternativas ao modelo neoliberal, a iniciativa privada apresenta seu modelo para o lucro com a educação”, reforçou.
Ele ressalta que os diversos golpes nos países da América Latina aprofundaram políticas neoliberais e a educação foi fortemente atacada e privatizada. Para Combertty, a estratégia central é fortalecer o movimento sindical, especialmente com as comunidades educativas e convidar outros setores para construir um pacto social pela educação.
Os debates do 34º Congresso Nacional da CNTE serão retomados amanhã (14) a partir das 14h com transmissão ao vivo pelo canal da CNTE no Youtube. Veja a programação aqui.