Com mentalidade de colonizador, governo Mauro Mendes ameaça às políticas públicas
O desmonte da educação e das políticas sociais significa que o poder econômico se encontra acima dos interesses da sociedade.
Publicado: 14/05/2022 18:14 | Última modificação: 14/05/2022 18:14
Escrito por: Roseli Riechelmann
As políticas do governo Mauro Mendes foram analisadas na conjuntura feita pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Valdeir Pereira, na etapa que tratou sobre políticas estaduais e a educação pública, durante o 3º Conselho de Representantes, sábado (14/05). Cerca de 200 representantes dos municípios do estado participaram de forma presencial e virtual.
“As políticas implementadas pelo governo Mauro Mendes seguem a mentalidade de colonizador”, disse Valdeir. O dirigente resgatou na história de Mato Grosso figuras da história oficial, homenageadas com nomes de ruas e escolas para abordar o perfil de saqueadores desses personagens. Representantes das oligarquias, assim como Mauro Mendes, que, em nome do desenvolvimento do estado, empobreceram a população, prejudicaram a natureza e intensificaram os conflitos e as desigualdades sociais.
Segundo Valdeir, Mato Grosso, líder em arrecadação no Brasil, tem 70% dos pequenos e médios municípios com periferias que retratam a grande desigualdade social. Uma prática reforçada pelas prioridades do governante, que usa o orçamento público para favorecer empresários, com as isenções e renúncias ficais, enquanto desmonta as políticas públicas. “O desenvolvimento defendido pelo governo Mauro Mendes se sustenta na precarização do trabalhador e das políticas sociais”, disse.
A Educação Pública estadual tem sentido os efeitos desse desenvolvimento voltado para o interesse de grupos. “A Secretaria de Estado de Educação é um balcão de negócios. Só tem agenda com os gestores, se for de alguma empresa. O trabalhador da educação não tem espaço”, destacou.
Valdeir ressaltou que a educação estadual vivencia muitos desafios para a retomar às conquistas da categoria, os direitos dos estudantes e o fim das políticas privatistas. “Essas demandas exigirão de nós, trabalhadores da educação, organização e desobediência. Às conquistas dos educadores sempre foram em momentos em que a rigidez dos governos se impunha”, finalizou
O Conselho de Representantes teve a participação do presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), Heleno Araújo; a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde de Mato Grosso (Sisma), Carmem Machado; a deputada federal de MT, Rosa Neide; e, o presidente da CUT-MT, Henrique Lopes. A mesa de trabalho foi coordenada pelas dirigentes do Sintep-MT, Leliane Borges, e Lucimeire Lazara.