Coletivo de Mulheres do Sintep-MT organiza participação na 7ª edição da Marcha das Margaridas


A Marcha com 100 mil pessoas é a maior ação política de mulheres da América Latina

Publicado: 28/07/2023 18:43 | Última modificação: 28/07/2023 18:43

Escrito por: Roseli Riechelmann

Reprodução

O coletivo de mulheres do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) definiu em reunião virtual na segunda-feira (24/07) as representantes estaduais que participarão nos dias 15 e 16 de agosto, em Brasília, da Marcha das Margaridas. Ao todo serão 16 ‘margaridas’ do Sintep-MT que estão participando da maior mobilização de mulheres da América Latina, com público estimado em 100 mil pessoas de todo o país.  

A Marcha das Margaridas realizada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) e outras organizações parceiras, tem como objetivo a luta pelos direitos das mulheres do campo, da floresta e das águas. Este ano, em sua 7ª edição, traz como tema central “Pela Reconstrução do Brasil e pelo Bem Viver”. Uma meta construída e organizada num documento com 13 eixos temáticos e que sustenta os anseios e prioridades apontados pelas margaridas.

“A Marcha  ganha motivação maior este ano, com a retomada do governo democrático, que nos dá esperança para avançarmos nas nossas lutas pelo combate a violência, educação de qualidade para todas as pessoas do campo e da cidade. É a retomada de nossas conquistas, depois de quatro anos de obscurantismo e retrocesso no governo Bolsonaro”, destacou a integrante do coletivo de mulheres do Sintep-MT, Edina Martins.

A reunião foi acompanhada pelo presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira, que apoiou a organização das mulheres e parabenizou as margaridas de Mato Grosso pelo tema debatido, dentro da pauta nacional: “Vida Livre de Todas as Formas de Violência, sem Racismo e Sem Sexismo”, e “Educação Pública Não Sexista e Antirracista e Direito à Educação do e no Campo”.

“O documento que é protocolado pela Marcha das Margaridas reflete os anseios das mulheres e aponta as prioridades, por isso todos os temas tratados nos 13 eixos são muito significativos das lutas de todas as mulheres no país”, ressaltou Valdeir Pereira

Margarida

A Marcha das Margaridas leva o nome da homenageada. Margarida Maria Alves, trabalhadora rural nordestina e líder sindical por 12 anos, na presidência do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Alagoa Grande, na Paraíba. Margarida fez a luta pelo direito à terra, pela reforma agrária, por educação, por igualdade e por defender direitos trabalhistas e vida digna, foi cruelmente assassinada na porta da sua casa, no dia 12 de agosto de 1983. Margarida Alves tornou-se um símbolo da luta de todas as mulheres trabalhadoras.