Coletivo de Mulheres de MT apoia manifesto do MST na frente da Amaggi
Sintep-MT foi representado no ato de abertura da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra na manhã de 7 de Março
Publicado: 07/03/2022 18:14 | Última modificação: 07/03/2022 18:14
Escrito por: Roseli Riechelmann
Às vésperas do dia 8 de Março, as mulheres do Movimento dos Sem Terra (MST) ganham o apoio da luta sindical feminista do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) e de demais entidades ligadas ao coletivo de mulheres de MT no ato de protesto, em frente a Amaggi, em Cuiabá.
Símbolo do agronegócio no estado, a empresa foi escolhida como parte das reivindicações do Dia Internacional das Mulheres, que traz como defesa a luta contra a fome, a carestia, o desemprego, e pela saúde, em defesa do meio ambiente. “Pautas totalmente ligadas ao agronegócio, que destrói o meio ambiente, gera concentração de riquezas, compromete a saúde da população contaminando solos e água”, destaca a representante do Sintep-MT e Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso, a professora Angelina Oliveira.
A manifestação que integra a programação da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, foi marcada pela apresentação de ossos de boi levados em carrinhos de supermercado, retratando a fila de doações de ossos, em Cuiabá, tema de notícias nacionais. Por que no Mato Grosso exportador de carne, o produto não é acessível a maioria da população.
As mulheres são atualmente a maior parte das provedoras de renda familiar no Brasil (48% em 2019). Como chefes de família são responsáveis pela alimentação dos filhos e sustento da casa. Uma jornada que tem se tornado cada vez mais difícil dentro da política do governo Bolsonaro, que tem tornado ainda mais difícil a vida das mulheres. “Defendemos o empoderamento, salários iguais e garantia de equidade”, destaca Angelina.
Nesse perfil da luta feminista as mulheres negras, maioria na sociedade brasileira, representam também não só a maior parcela de mulheres que sustentam as famílias, bem como as de menor renda. “Não é só o gênero, mas também a raça que define o perfil da pobreza no país. Por isso nossa luta é: Pela Vida das Mulheres: Bolsonaro Nunca Mais, por um Brasil sem machismo, racismo e fome!”, conclui.