“Colíder registra o maior retrocesso nas conquistas da educação”, afirma diretor regional do Sintep


Município precursor em políticas de valorização profissional da região, cai no ranking e fica atrás de prefeitura de menor poder financeiro

Publicado: 28/02/2023 12:14 | Última modificação: 28/02/2023 12:14

Escrito por: Roseli Riechelmann

Reprodução

O dirigente da regional do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), Nortão l – Alto Teles Pires, Fernando Alves da Silva, denuncia o retrocesso da atual gestão da educação municipal de Colíder (540 km de Cuiabá-MT). Em vídeo, divulgado para os profissionais da educação faz o alerta à desvalorização e precarização salarial no município.

Na análise feita, o dirigente chama a atenção para os avanços e retrocessos das políticas educacionais em Colíder. O comparativo é feito usando como parâmetro outros dois municípios da regional; Peixoto de Azevedo e Guarantã do Norte, que, para Fernando são “municípios pares”. “Eles possuem semelhanças no quantitativo populacional, na dimensão territorial e nos repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e do Fundeb (O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação). Com detalhe de que entre os três, Colíde ainda tem uma melhor arrecadação de impostos (ICMS).

Segundo Fernando Silva é incoerente um município que durante tantos anos tenha sido “modelo” para a educação na regional, naquilo que são defesas estruturantes para qualidade da carreira; Piso Salarial, unificação profissional, e, com condições políticas financeiras ainda melhores, implante o retrocesso. 

A prefeitura municipal de Colíder está sem pagar o piso salarial profissional nacional (PSPN) desde 2022. Valor considerado o salário mínimo para os profissionais da educação. A prefeitura congelou o salário dos educadores em R$ 2.530,00, sendo que o PSPN de 2023 já atinge R$ 4.420,55. “O salário dos trabalhadores da educação em Colíder é hoje um gargalo que tem desmotivado os profissionais, de tal forma, que muitos estão adoecendo”, relata o dirigente.

Conforme Fernando Silva, o município de Guarantã do Norte paga o piso de R$ 3.315,00 para os profissionais da educação municipal de Peixoto de Azevedo, R$3.550,00 para professor, e R$ 2.315,00, para funcionários. Contudo, são municípios que não avançaram em vários pontos da carreira, diferente de Colíder. Outro destaque está no fato de Colíder ter avançado até mesmo na representatividade na Câmara Municipal, com três profissionais da educação compondo o legislativo. Mas, enfrenta o retrocesso. 

“Agora, a atual gestão municipal ataca as conquistas de tal forma, que desconfigura até a Lei 11.738/2008, que estabeleceu o PSPN para o magistério a partir do Ensino Médio. O prefeito descaradamente divulga de forma maléfica que o piso salarial é apenas para professores com curso superior”, denuncia.