CNTE defende justiça fiscal em reunião do Plebiscito para financiar educação
Nesta terça-feira (4/11), a comissão executiva do Plebiscito Popular por um Brasil mais Justo e Soberano foi recebida pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para a entrega oficial do resultado da consulta nacional.
Publicado: 04/11/2025 17:47 | Última modificação: 04/11/2025 17:47
Escrito por: CNTE | Editado por: CNTE
A secretária de Finanças da CNTE, Rosilene Corrêa, participou da reunião e ressaltou o papel ativo da educação pública no movimento.
Ao todo, foram registrados 2.118.419 votos em todo o país, em urnas físicas e digitais, um marco que reforça a força da mobilização social e o desejo da população por mudanças estruturais na política tributária e trabalhista.
Esses votos foram em defesa de medidas como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, a taxação dos super-ricos e o avanço na luta pelo fim da escala 6x1, além da redução da jornada de trabalho sem redução salarial. Para os/as trabalhadores/as da educação, essas pautas dialogam diretamente com a realidade da categoria, marcada por sobrecarga de jornada, múltiplos vínculos e remuneração ainda distante da valorização necessária.
Educação na linha de frente da luta social
Durante o encontro, Rosilene destacou o caráter histórico do momento, lembrando que o movimento contou com participação ativa de entidades da educação. "É um momento histórico, a isenção do imposto de renda para quem ganha até 5 mil e a redução, mas isso precisa ser um passo muito importante para muitos que virão para de fato termos uma reforma tributária para termos justiça social no Brasil."
Ela reforçou que, para garantir avanços estruturais, o país precisa enfrentar a concentração de renda. "A minha fala para o presidente foi nessa linha, de que é um momento histórico, mas que isso precisa ser um passo, porque a gente quer uma reforma tributária de verdade. E se queremos uma educação de qualidade e equidade para todas e todos, é preciso ter financiamento, tem que ter fonte de financiamento, e tributar super ricos é o caminho."
Rosilene também enfatizou a importância do papel da educação na mobilização popular e na defesa da justiça fiscal. "Acho que vale a pena destacar a importância dos trabalhadores da educação terem se envolvido nesse plebiscito. É uma etapa dessa tarefa, mas a gente entende que precisa da reforma tributária. E a questão da fonte de recursos para mais investimento na educação passa pela tributação dos super ricos."
Segundo ela, a presença da CNTE no processo simboliza o compromisso da categoria com as transformações sociais fundamentais para o país. "Também precisamos valorizar a participação das nossas entidades. Estivemos presentes desde o lançamento, participamos desse processo e agora reforçamos, no Senado, que a educação precisa ter fontes para investimento."
Próximos passos no Congresso
Com a entrega dos resultados ao Senado, o movimento entra em uma nova fase, a pressão para que o Congresso transforme a mobilização popular em medidas concretas, garantindo justiça fiscal, valorização do trabalho e investimento em políticas públicas essenciais para o país, incluindo a educação.




