CECUT-MT comemora o retorno da democracia e debate os enfrentamentos


Congresso vai até domingo com participação de cerca de 120 delegados e delegadas

Publicado: 22/07/2023 11:43 | Última modificação: 22/07/2023 11:43

Escrito por: CUT-MT

Francisco Alves

O Congresso Estadual da CUT-MT (CECUT) “Luta, direitos e democracia que transformam vidas”.
Os sindicatos cutistas de Mato Grosso iniciaram neste dia 21 de julho os debates do 13º Congresso Estadual da Central Única dos Trabalhadores de Mato Grosso (CECUT), trazendo na abertura das atividades uma homenagem aos 40 anos da CUT Brasil e 35 anos da CUT-MT.

Um momento de festa pela reestruturação do pilar da democracia no país, mas também pela consciência de que os desafios são grandes para a classe trabalhadora, diante de um cenário nacional afetado pelo bolsonarismo, e, internacional, de crise no capitalismo.

Francisco Alves
Professor José Jaconias da Silva, Universidade Federal de Mato Grosso-UFMT

Na análise de conjuntura o professor José Jaconias da Silva, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), abordou “O Movimento Político Mundial, o Estado brasileiro como Nação Soberana, as Mudanças no Mundo do Trabalho e o valioso pilar da Democracia”. Como destaque trouxe a crise do capitalismo, com o deslocamento do eixo econômico mundial, dos Estados Unidos/Europa caminhando para o oriente, tendo a China como principal exportador do mundo e a importância do Brasil nesse cenário.
“Agora temos um presidente que tem a responsabilidade e vai fortalecer essa nova relação mundial. Isso interfere muito na forma como a gente tem visto as relações de trabalho, também na possibilidade das exportações e, na ampliação de negócios. Mais ainda, interfere num Brasil que busca soberania, e não tem, com toda a nossa economia, inclusive aporte intelectual e cultural, subordinado aos Estados Unidos”, afirmou o palestrante.

O professor Jaconias destacou a importância da eleição de Lula no processo de reconstrução do país. “Uma tarefa Hercúlea”, destacou, e afirmou a necessidade de reconstrução das instituições e organizações com a participação importante da CUT e do conjunto de trabalhadores e trabalhadoras. “Teremos que fazer a diferença, por exemplo, na vida material das pessoas. Elas querem mais emprego, mais renda, precisam ter condições melhores de trabalho e só vamos conseguir isso, com o fortalecimento das nossas entidades”, destacou.

Francisco Alves
Guelda Andrade, secretária Geral da CUT-MT

A secretária geral da CUT-MT, Guelda Andrade, ressaltou um novo momento para os trabalhadores e trabalhadoras com o resgate do processo democrático que possibilita a garantia de vida ao povo brasileiro e a retomada da humanidade. “Lula no poder abre uma janela de oportunidades, de mais emprego, mais renda, garantia de educação. Para nós, principalmente, que somos educadores, o momento é de reafirmar a importância da educação, pois é ela é um direito que garante outros direitos”, afirmou.

Segundo a dirigente, o 13º CECUT é o momento de reflexão para a classe trabalhadora para que de fato possa fortalecer a unidade e o processo democrático para dias melhores. “’A eleição derrotou Bolsonaro, mas não o bolsonarismo. Estamos num processo de construção, de mudança e isso depende do nosso movimento enquanto classe trabalhadora”, destacou.

Francisco Alves
Professor Henrique Lopes, Presidente da CUT_MT

O 13º CECUT, assim como o 14 º CONCUT, traz a perspectiva de uma nova agenda para o país. “Esperamos que possamos reverter parte das perdas que os trabalhadores tiveram após o golpe de 2016 e ter, aí, uma possibilidade de garantir direitos humanos, das mulheres e conquistas para os trabalhadores", conclui o presidente da CUT-MT, Henrique Lopes.

A abertura do CECUT-MT reuniu cerca de 120 delegados e delegadas, com a participação de representantes dos movimentos sociais e contou com uma homenagem da secretária de Cultura da CUT-MT, Antônia Aparecida Aguiar Oliveira, para os 40 anos da CUT Brasil. Ela fez uma apresentação da memória da fundação da Central Única dos Trabalhadores, com destaque para a característica de resiliência da entidade. “A CUT foi construída debaixo dos pés da ditadura e, como naquela época, sobre opressão, também saberá sobreviver diante de todas as dificuldades que o cenário coloca”.

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CONFIRA A PROGRAMAÇÃO DO 13 CECUT-MT

Dia 22/7 Sábado.
Matutino.

8h – Reabertura do Credenciamento.
8h13min. – Leitura e Aprovação do Regimento.
9h – Painel 1 – Os desafios da educação pública como a principal formadora de mão de-obra, frente ao fortalecimento e a organização dos sindicatos cutistas dos/as trabalhadores/as e futuros/as trabalhadores/as.
Palestrante: Profº. Heleno Araújo Filho (Presidente da CNTE).
Rodrigo Lopes Brito (Vice-presidente do Diap).
Coordenação: Maria Celma de Oliveira (Vice-Presidente da CUT-MT).
Luzia Machado de Melo (Dir. Estadual da CUT- MT).
10h13min. – Encerramento do Credenciamento dos/as Titulares.
10h15min. – Abertura do Credenciamento dos/as Suplentes.
12h 13min. – Almoço.
13h 13min. – Encerramento do Credenciamento dos/as Suplentes.

Vespertino.

14h13min. – Painel 2 – O protagonismo político da CUT no cenário nacional, os desafios. organizacionais e a soberania brasileira.
Palestrante: Profº. Esp. Gilmar Soares Ferreira (Sintep-MT).
Coordenação: (CUT-MT).
16h – Grupo de Trabalho – Plano de Lutas da CUT-MT.
Debater o que é tático, e estratégico para a Organização Sindical em Mato Grosso e o Fortalecimento da CUT-MT no interior do Estado.
18h– Encerramento.
18h13min. – Happy Hour.


Dia 23/7 Domingo.
Matutino.

8h45m.: Plenária final.
Coordenação: Henrique Lopes do Nascimento (Presidente da CUT-MT).
Maria Celma de Oliveira (Vice-Presidenta da CUT-MT).
Guelda Andrade (Secretária Geral da CUT-MT).
9h às 10h30min.: Inscrição de Chapa.
12h – Posse da nova Direção da CUT-MT.
12h13min.: Encerramento.
12h30min.: Almoço.