Carta aberta aos pais/mães e familiares


“O retorno impositivo às aulas presenciais pelo governo Mauro Mendes"

Publicado: 06/08/2021 11:16 | Última modificação: 06/08/2021 11:16

Escrito por: Andressa Boa Sorte

REPRODUÇÃO

É sabido de todos que o governador do estado de Mato Grosso, Mauro Mendes e o secretário estadual de Educação, Alan Porto, com atuação direta do Ministério Público de Mato Grosso, determinaram, de maneira impositiva, o retorno presencial das aulas nas unidades de ensino, na modalidade híbrida, que funcionará em sistema de revezamento de alunos em dias alternados, num momento em que não há o controle efetivo da COVID-19 e vacinação para grande parcela da população.

Estamos atualmente com 557 mil mortos em todo o país e 12.645 vítimas da Covid-19 em Mato Grosso num universo de 490.667 casos confirmados por COVID-19 em pessoas residentes no Estado. Infelizmente, a atitude do governo Mauro Mendes, ao invés de investir no  acesso do ensino remoto aos estudantes, em melhorar as condições físicas, estruturais e sanitárias das unidades escolares, preferiu, a “toque de caixa”, unilateralmente e de forma truculenta forçar o retorno presencial, como se nós e os seus filhos, os estudantes, fôssemos cobaias de uma experiência que só poderá ser “avaliada” depois que os impactos negativos (e muitas vezes irreversíveis) tiverem se concretizado.

Não há, infelizmente, expectativa de vacinação dos estudantes e embora a vacinação dos profissionais da educação tenha se iniciado, uma pequena parcela desses trabalhadores recebeu a imunização completa, o que compreende a segunda dose.

É importante ressaltar que as pesquisas que indicam que “o retorno às escolas é seguro”, reforçam que para tanto, é necessária uma reestruturação nas estruturas das escolas e que as taxas de reprodução do vírus estejam inferiores a 1, apontando desaceleração da contaminação; o que definitivamente, não é o caso de Mato Grosso, onde as taxas de ocupação de UTI’s seguem acima dos 80% e o nível de contaminação com classificação de alto risco de contágio na maioria dos municípios de Mato Grosso.

Confira a Carta na íntegra