Carreata de educadores protesta contra municipalização de parte de escola em Colíder


A escola estadual Professora Alzira Maria da Silva”, de Colíder, está no alvo do governo do Estado para a municipalização que desalojará parte dos 1.200 estudantes.

Publicado: 25/05/2021 10:55 | Última modificação: 25/05/2021 10:55

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep-MT
Profissionais da EE Alzira convocam para carreata e justificam os motivos do protesto

A comunidade escolar da Escola Estadual “Professora Alzira Maria da Silva”, em Colíder (650 km ao norte de MT) realiza nesta sexta-feira (21/05), às 15 horas, uma carreata de protesto pela permanência das atividades da escola nos dois blocos, devido a necessidade do espaço para o funcionamento da EJA, no período diurno.

A unidade que está instalada, desde janeiro, no prédio do antigo Ceja Cleonice Miranda da Silva, e possui no quadro de matrículas, 1.200 estudantes. Parte deles, da Educação de Jovens e Adultos (EJA). O quadro de matrículas é distribuído entre os dois blocos do prédio, A e B. Contudo, a gestão da escola foi informada que em breve, parte do prédio, o bloco B, será entregue para a Prefeitura de Colíder administrar.

O protesto pela retomada do bloco é intensificado com as ações arbitrárias da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), quando trata a municipalização do bloco com o município de Colíder, sem antes dialogar com a comunidade escolar. “Foram pegos de surpresa, mais uma vez, como tem sido prática do governo Mauro Mendes, em inúmeros municípios. Ele desrespeitou a gestão democrática, ignorando a Lei nº 7040/98”, afirma a dirigente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), em Colíder, Edina Martins.

Para os profissionais da Escola Alzira, o governo do estado sequer considerou a demanda de atendimento que é compatível com os dois blocos. Duas preocupações são apresentadas diante da possibilidade do fechamento do bloco B. A primeira, é para onde seriam mandados os estudantes da EJA, do período diurno. E a segunda, é que dada a falta de espaço, a escola Alzira seja realocada para o antigo bairro, que fica numa área periférica da cidade, o que resultaria em evasão dos estudantes que moram no em torno da escola.

A escola trabalha nos três períodos – matutino, vespertino e noturno - e necessita do espaço para atender com dignidade os discentes matriculados. Conforme os educadores, a maioria é composta por estudantes trabalhadores, pessoas que não puderam frequentar a escola em outros momentos da vida.

Fonte: Sintep/MT