Atraso salarial recorrente leva educadores à greve em Ribeirão Cascalheira


Há três meses a administração paga os profissionais mediante orçamento complementar

Publicado: 18/09/2023 17:18 | Última modificação: 18/09/2023 17:18

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep/Ribeirão Cascalheira
Assembleia da categoria nesta segunda-feira

Os trabalhadores da educação do município de Ribeirão Cascalheira paralisaram as atividades na manhã desta segunda-feira (18/09) para cobrar do executivo municipal o cumprimento de prazo para o pagamento de salários. Há três meses a administração paga os profissionais mediante aprovação de orçamento complementar na Câmara Municipal. Contudo, o envio do projeto após os 30 dias de trabalho tem gerado recorrentes atrasos no pagamento.

Segundo a presidente da subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT), em Ribeirão Cascalheira, Ana Lúcia Antônia, a situação é preocupante. Conforme a dirigente, a prefeitura estourou o orçamento da Educação, o que exige desde de julho, projeto complementar para cobrir a folha. “Estamos muito preocupados com o quadro até o final do ano, pois no mês de setembro teremos que receber os 7% que ficaram em a ver na recomposição do piso salarial, negociada desde o início do ano”, destaca.

Sintep/Ribeirão Cascalheira
Profissionais da educação, em greve, acompanham sessão extraordinária na Câmara de Vereadores

No período da manhã a categoria acompanhou a votação do projeto de aditivo orçamentário para pagamento de salários, na Câmara de Vereadores. Conforme apontado pelo presidente do legislativo municipal, a situação para o próximo mês será outra, naquilo que se refere a aprovação do projeto orçamentário.

“Isso nos deixa muito preocupados”, afirma a dirigente, que solicitou de urgência, uma audiência com a prefeita para amanhã, terça-feira (19/09), ainda sem resposta.

Ana Lúcia Antônia destaca que durante a Assembleia da categoria, realizada hoje, no início da tarde, novos desafios foram apresentados pela categoria, e que precisarão de encaminhamento com a administração municipal. “Foram apresentados problemas com o transporte e merenda escolar, e até mesmo registro de assédio nas escolas”, relata.