Atos antidemocráticos revelam intolerância e radicalismo político contra estudantes

Para o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) a inércia dos governos do estado de Mato Grosso e Governo Federal aos atos antidemocráticos realizados na BRs do estado, por parte daqueles que não aceitam o resultado das eleições federais, prejudica o direito de ir e vir da população e incentiva ataques criminosos e violentos. Ontem (21/11) estudantes da região do Médio Araguaia foram impedidos de chegarem de transporte escolar para fazer o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), nos municípios de Querência (900 km ao norte de Cuiabá) e Água Boa (729 km da capital).

O bloqueio das rodovias que ocorre desde do dia 30 de outubro tem promovido desabastecimento de alimentos, medicamentos, equipamentos e demais serviços, incluindo o transporte de pessoas para tratamento de saúde. Os atos antidemocráticos com pautas inconstitucionais, encontram respaldo na gestão do governo Mauro Mendes e do Federal, ao não mobilizarem as Polícias do estado e federal para reprimir “atitudes criminosas”, como as que estão sendo registradas pela mídia estadual em diversas regiões de Mato Grosso.

Os atos que impedem a circulação dos veículos nas rodovias registram em publicações nas mídias sociais e divulgados pela imprensa, bolsonarista fazendo uso de artefatos bélicos, como dinamite, para impor a ruptura do estado democrático de direito. “Estamos com notícias de que o Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual recomendam ao governo Mauro Mendes o uso da Força Nacional de Segurança Pública. Uma provocação que era desnecessária caso o governo tivesse agindo com mais eficiência nos primeiros registros de obstrução das BRs e rodovias estadual”, destaca o presidente do Sintep-MT, Valdeir Pereira.

O diretor regional do Sintep-MT, em Canarana, Paulo Roberto Guimarães, define como criminosa a ação dos manifestantes ao impedir o transporte dos estudantes que iriam ao Enem. “Colocaram em risco o direito dos estudantes de realizarem as provas, usaram de violência psicológica e forçaram os estudantes a caminhar mais de 5 km para fazer o exame, fragilizando o emocional desses estudantes antes da avaliação”, destacou.

Para o Sintep-MT é inconcebível que esses episódios continuem ocorrendo e que crimes, como o que está ocorrendo contra a Constituição, e contra os cidadãos brasileiros, em Mato Grosso, passem impunes, aos olhos do gestor do estado. Assim como, reafirma a sua defesa intransigente da democracia e não compactua com práticas criminosas. Assim como, solidarizar-se com os estudantes que tiveram que passar por esse processo grotesco de humilhação.