Ato público cobrará RGA e denunciará ataques aos servidores e serviços públicos


Mobilização ocorre no dia 27 de outubro, véspera do Dia do Servidor Público, e reúne entidades sindicais de todo o estado

Publicado: 02/10/2025 15:38 | Última modificação: 02/10/2025 15:38

Escrito por: Roseli Riechelmann

Sintep-MT/Edevaldo José

O Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) encaminha, junto à Fessp (Federação dos Servidores Públicos do Estado de Mato Grosso) e ao Movimento Sindical Unificado, ato público em defesa dos servidores e dos serviços públicos, no próximo dia 27 de outubro, véspera do Dia do Servidor Público. A mobilização tem como pauta a cobrança dos 19,52% da Revisão Geral Anual (RGA) devida pelo governo do estado.

A reunião, dentro da agenda convocada pela Federação, trouxe ainda o debate ao enfrentamento contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Reforma Administrativa, em nível nacional, e a no Estado a luta para desvelar a fraude milionária dos consignados em Mato Grosso, com audiência pública no próximo dia 9 de outubro.

Orlando Francisco, secretário de Finanças do Sintep-MT, destacou, durante o diálogo com representantes de aproximadamente 15 entidades participantes, a agenda de mobilização do sindicato, com atividades nos dias 25, 26 e 27 de outubro, envolvendo dirigentes da educação pública de todo o estado. No dia 27, o ato expõe à sociedade os ataques aos servidores e os impactos da PEC da Reforma, que tramita no Congresso Nacional, contra os serviços públicos e, consequentemente, contra toda a população.

“A política de empobrecimento dos servidores do Executivo estadual está transparente quando o governo de um estado rico estabelece quem será privilegiado na divisão das riquezas. O Sintep-MT faz o questionamento: ‘Mato Grosso é rico para quem?’”, pontuou Orlando.

Sintep-MT/Edevaldo José
Secretário de finanças do Sintep-MT, Orlando Francisco

A cobrança dos 19,52% negados na recomposição salarial dos servidores gera uma onda de precarização dos serviços ofertados à população. As categorias não têm seus quadros renovados — no caso da Educação, há mais de oito anos. As terceirizações e a precarização dos vínculos trabalhistas promovem a rotatividade e a desvalorização das carreiras.

Sem contar com os aposentados, que sofrem não apenas com a perda dos percentuais de correção da RGA, mas também com o confisco de 14% dos seus recebimentos. Agora, enfrentam ainda perdas com consignados de empresas ilegais para a função, autorizadas pelo próprio governo.

A crescente onda de ataques leva os sindicalistas do serviço público às ruas, para se manifestarem e exporem as reais intenções do governo nesse processo de desmonte do serviço público.